sexta-feira, 27 de abril de 2012

Chelsea: Precisamos urgentemente de um novo estádio


Entrevista do executivo-chefe do clube londrino, Ron Gourlay, revela que a construção de um novo estádio é fundamental para o futuro do clube. E aqui no Brasil ?
Existe uma meia dúzia de abnegados que acompanham esse blog desde os seus primeiros dias de vida, ou seja, desde fevereiro de 2008. Talvez alguns deles se lembrem de que em um dos primeiros posts que escrevi, formulei uma das minhas maiores crenças em relação ao assunto arenas esportivas no Brasil. Reescrevo-a.
“O grande clube brasileiro de hoje, deixará de sê-lo em no máximo 15 anos, se não dispuser de uma arena esportiva moderna, de boa capacidade, com muitas opções de receitas, e capaz de proporcionar conforto e segurança a seus frequentadores”. O verbo “dispor” não pressupõe necessáriamente a propriedade do imóvel, mas sim, o seu direito de uso e exploração comercial.
Pois bem, essa semana, Ron Gourlay, executivo-chefe do Chelsea, foi claro e direto. Ou o Chelsea constroi um novo estádio, que respalde a estratégia de crescimento futuro do clube, ou estará fora da elite européia em pouco tempo.
O estádio atual, Stamford Bridge, tem capacidade para apenas 42 mil torcedores, e não faz parte dos estádios top 30 da Europa, o que se contrapõe ao status do Chelsea como um dos top 7 em termos financeiros.
“Se quisermos nos manter nessa elite, teremos que aumentar nossas receitas de match-day, que serão chave para nossa sobrevivência e realimentação futura da equipe de futebol, principalmente nesses tempos de Financial Fair Play”, continua.
Porém, a decisão de construir uma nova arena não será fácil. Em 1997, Stamford Bridge foi adquirido por um grupo de investidores, chamado Chelsea Pitch Owners (CPO), com o objetivo de proteger o patrimônio do clube que então passava por grave crise financeira, que defendem apenas a expansão do estádio atual.
“Esse projeto de expansão é totalmente inviável, pois além de custar 600 milhões de libras, ficaremos sem “casa”, e portanto sem faturamento e com gastos extras de aluguel, por pelo menos 3 anos. Será a ruína do clube.”, continua.
Lembrando que o Chelsea receberá 45 mi de libras (recorde de todos os tempos) de direitos de TV para a transmissão da final da Champions League em maio, acrescido de um bônus de 2.8 mi de libras caso levante a taça.
A seguir a capacidade de Stamford Bridge comparada a dos estádios utilizados pelos 6 clubes top da Europa.
•Barcelona 100,000
•Real Madrid 85,000
•Manchester United 76,000
•Bayern Munich 66,000
•Arsenal 60,000
•Liverpool 45,623
•Chelsea 42,000
Parece que alguns clubes brasileiros já acordaram para o fato, mas outros seguem dormindo. Enquanto isso, parte da mídia, ainda discute questões como “estádio de uma torcida só”, proibição de venda de cerveja, meia-entrada para quase 60% da população e outras bobagens.

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