O preço como estratégia de marketing para o torcedor
Artigo de Luis Damo
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/35321/1/Damo%2C%20Sesinando%20%26%20Teixeira%202023%20Gest%C3%A3o%20do%20Esporte%20e%20Neg%C3%B3cio%20do%20Futebol.pdf
Blog da disciplina de Marketing Esportivo. Aqui você encontrará o conteúdo necessário para a realização do curso. Em caso de dúvidas, entrar em contato com: lleo@puc-rio.br
O preço como estratégia de marketing para o torcedor
Artigo de Luis Damo
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/35321/1/Damo%2C%20Sesinando%20%26%20Teixeira%202023%20Gest%C3%A3o%20do%20Esporte%20e%20Neg%C3%B3cio%20do%20Futebol.pdf
Foram
entrevistadas pessoalmente 2 mil pessoas em 126 municípios
Por Bernardo Mello — Rio de Janeiro
19/07/2022 02h00 Atualizado há um ano
Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras estão
consolidados como os quatro times de maior torcida do Brasil — Foto: Divulgação
Pesquisa O GLOBO/Ipec,
divulgada a partir de hoje, aponta o Flamengo na liderança das maiores torcidas
do Brasil, seguido por Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco entre os cinco
mais citados. O rubro-negro teve 21,8% das menções dos entrevistados. O
Corinthians, único outro clube a pontuar com dois dígitos, marcou 15,5%. Nos
próximos dias, O GLOBO detalhará em uma série de reportagens o perfil das
torcidas e as distribuições etária, regional, por gênero, cor da pele,
religião, entre outros temas.
O Ipec é um instituto
formado por executivos que fizeram parte do Ibope. O levantamento, encomendado
pelo GLOBO, contou com 2 mil entrevistas presenciais em 128 municípios de todo
o país, entre os dias 1º e 5 de julho. O índice de confiança é de 95% e a
margem de erro total é de 2 pontos para mais ou para menos, mas para este
estudo foi calculada especificamente a margem de erro do percentual obtido por
cada clube (entenda mais na matéria abaixo).
A pesquisa colheu respostas
em formato espontâneo —isto é, sem que fosse apresentada uma lista de opções —à
pergunta sobre qual time brasileiro cada entrevistado “torce mais ou tem
simpatia maior”, com possibilidade de citar uma segunda opção. A soma dos
percentuais pode ultrapassar os 100% porque os entrevistados poderiam citar
mais de um time.
Depois de São Paulo (8,2%) e Palmeiras (7,4%), o Vasco alcançou 4,2% das menções dos entrevistados. O Grêmio, que teve 3,2% das menções, e o Cruzeiro, com 3,1%, têm torcidas mais concentradas em suas próprias regiões, diferentemente do cruz-maltino, conforme apontam os recortes geográficos da pesquisa que serão divulgados nos próximos dias.
Internacional e Santos,
ambos com 2,2 % das menções dos entrevistados, Atlético-MG, Bahia, Botafogo,
Fortaleza, Sport e Fluminense completam o grupo de 15 times que atingiram mais
de 1% de citações. Paysandu, Ceará e Vitória-BA aparecem em seguida, à frente
da seleção brasileira, mencionada em 0,7% do total de respostas como o time da
preferência dos entrevistados.
Clubes que vivem ascensões
recentes, Athletico e América-MG aparecem fora do top-20 da pesquisa O
GLOBO/Ipec, abaixo do Santa Cruz, que completa, ainda que empatado na margem de
erro, a lista dos mais citados. Um ponto comum entre paranaenses e mineiros,
segundo dados da pesquisa, é a maior presença de seus torcedores na faixa
etária mais jovem.
Times que não frequentam a
Série A há alguns anos — Remo (0,4%) e Botafogo-SP (0,3%) — e outros que jogam
na elite atualmente — Goiás e Coritiba (0,3% cada) — completam a lista dos 26
times mais citados, 11 deles com menos de 1%.
Outras equipes foram citadas
ao menos uma vez, mas totalizaram menos de 0,2%. Como alguns times podem
aparecer mais em função dos municípios da amostra dos entrevistados, eles não
são divulgados. Todos esses clubes somam 2,3% das respostas dadas pelos
entrevistados. Ao todo, 24,4% disseram não torcer por nenhum time e 2,5% não
souberam ou não opinaram.
Mesmo com empates na margem de erro, tendências aparecem
Competições em pontos
corridos ou mata-mata têm seus regulamentos e vale o que está escrito. Em
pesquisas de opinião sobre torcidas de futebol, as regras também existem. Não
são tão simples como soma de pontos, vitórias ou saldo de gols, mas exigem
atenção aos detalhes, e os dois mais importantes envolvem a margem de erro e a
impossibilidade de se comparar os mais novos resultados do Ipec com
levantamentos semelhantes do passado.
A pesquisa O GLOBO/Ipec
calculou margens de erro individualizadas por cada clube, levando em
consideração o resultado de cada um deles. Time de maior torcida do Brasil, o
Flamengo, por exemplo, marcou 21,8%, mas, considerando esse critério
estatístico, pode ter entre 20% e 23,6%.
Existe um grande equilíbrio
estatístico a partir do Vasco, quinto colocado no ranking geral, mas, mesmo
assim, os dados ajudam a revelar tendências numéricas da torcida de cada clube,
mesmo que, na ponta do lápis, considerando os limites das margens de erro, os
clubes possam estar empatados.
Décimo quinto no ranking
geral, o Fluminense, com 1,1%, pode estar entre 0,6% e 1,5%, considerando a
margem de erro amostral. Ou seja, existe um empate técnico, no limite para
cima, até com o Atlético-MG, que aparece com 2,1% no total de menções, mas pode
ter de 1,5% a 2,7%. O infográfico acima mostra os limites inferior e superior
de cada clube.
Esclarecidos os detalhes
técnicos, especialistas alertam por que não é correto comparar esta pesquisa
com outros levantamentos que vêm tentando medir o tamanho das torcidas no
Brasil há décadas. Há diversos métodos para aferir opinião pública, seja por
painéis digitais na internet, perguntas por telefone e face a face nas ruas ou
em domicílios.
Esta pesquisa do Ipec foi
feita presencialmente em domicílios de 128 cidades, onde foram realizadas 2.000
entrevistas com população de 16 anos ou mais, uma amostra que busca refletir
essa população como um todo. No entanto, como torcedores com menos de 16 anos
não fazem parte do levantamento, os resultados podem ser diferentes de outras
pesquisas, que já fizeram amostragem, por exemplo, conversando com crianças a
partir de dez anos de idade.
Pesquisas do passado já
fizeram amostragens considerando apenas regiões metropolitanas, o que também
altera os resultados. Nesta do Ipec, são usados métodos probabilísticos para
refletir a população em estudo, mas há também outras formas de se fazer
pesquisas sobre clubes como, por exemplo, com uma amostra específica por estado
do país.
18 SET, 2020
Diretor Executivo do MKTEsportivo
A mim não causou estranheza o anúncio feito pela Bundesliga de que seus jogos seriam transmitidos ao vivo pelo aplicativo da OneFootball (parceira de conteúdo do MKTEsportivo) no Brasil. Nesta sexta-feira, a liga alemã anunciou um acordo similar com a plataforma indiana FanCode.
Voltemos no tempo, mais precisamente em março do ano passado. Nós destacamos um estudo feito pela Otto Beisheim School of Management (WHU) que foi encomendado pela própria Bundesliga sobre os hábitos de consumo da Geração Z (nascidos a partir de 1997). Há um ano, os alemães já tinham mapeado que o consumo dos seus conteúdos é feito, principalmente, pelo celular.
O estudo mostrou também que, apesar do amplo uso da segunda tela em jogos de futebol, 80% dos jovens da Z ainda preferem assistir a uma partida da liga pela televisão, à exemplo dos mais velhos. E para isso teremos o recente acordo com a Band na Tv aberta. Portanto, movimentos embasados em dados.
Há alguns anos a Bundesliga decidiu se diferenciar dos outros a partir de um amplo uso da tecnologia. Os jogos são filmados por câmeras de telefones celulares, já antecipando o consumo via mobile. Alguns estádios usam o 5G para oferecer uma experiência imersiva ao torcedor no celular.
“A geração Z sabe que o conteúdo digital tem seu valor. Esse contra-movimento para a mentalidade freemium é uma mensagem importante para todas as empresas de mídia”, disse Christian Seifert, CEO da DFL, quando o estudo foi publicado.
Tudo absolutamente planejado. No Brasil, os alemães não querem rentabilizar no curto prazo com seus direitos de transmissão. Neste momento, desejam ganhar mercado, visibilidade, ficar mais próximos dos fãs e, no futuro, faturar. O momento agora é alcançar o maior número de pessoas por meio de um equilíbrio de meios que se complementam: tv e streaming.
Unindo Tv e mobile, a Bundesliga foca onde está a próxima geração de consumo do seu futebol.
Emissora já está informando aos patrocinadores do projeto que a competição não estará na sua grade em 2021
A Globo não renovou os direitos de transmissão da Fórmula 1 para as próximas temporadas. De acordo com informações apuradas pela reportagem de Meio & Mensagem, a emissora já está comunicando seus patrocinadores da edição atual de que a competição automobilística, um dos principais produtos de sua grade esportiva, não deve mais ser exibida já a partir de 2021.
Algumas notícias publicadas na imprensa nos últimos meses já levantavam a possibilidade de a Globo deixar de exibir a Fórmula 1. A emissora vinha negociando com a Liberty Media, proprietária dos direitos, a renovação do contrato, que termina em 2020. A Globo chegou a fazer a proposta de uma revisão dos valores pelos direitos de transmissão, mas as duas partes não chegaram a um acordo. Procurada pela reportagem, a Globo ainda não respondeu sobre o assunto.
Caso a situação com a Liberty Media não seja revertida, será a primeira vez que a Fórmula 1 não estará presente na grade da emissora após décadas. A Globo exibiu as primeiras provas da competição em 1972. Porteriormente, a Band exibiu o campeonato no Brasil (inclusive, com a narração de Galvão Bueno). No início da década de 1980, a Globo retomou os direitos da competição e, desde então, vem exibindo a F1 continuamente, com exceção de algumas provas por conta de conflitos de calendário ou, por situações atípicas. Com o passar dos anos, o esporte foi se tornando um dos principais produtos esportivos da TV.
A temporada de 2020 da F1, no entanto, foi impactada pela pandemia da Covid-19, que obrigou a organização a rever o calendário para ampiar as medidas de segurança em relação aos atletas e equipes. Inicialmente prevista para começar em março, a temporada só deu a largada em julho e concentrou a maior parte das provas no continente europeu. Nessa revisão, o Grande Prêmio do Brasil, marcado para novembro, acabou saindo do calendário da F1 de 2020.
Patrocinadores
O pacote de transmissão da Fórmula 1 na Globo sempre foi um dos mais valiosos do mercado publicitário brasileiro. Para a temporada de 2020, Cervejaria Petrópolis, Nivea, Renault, Santander e TIM fecharam um acordo com a emissora para patrocinar as transmissões das provas, adquirindo, cada uma, uma cota de patrocínio com valor de tabela de R$ 98,950 milhões. Todos esses anunciantes já eram patrocinadores da Formula 1 no ano anterior, que teve, também, a presença da Net (Claro). A operadora, no entanto, não renovou o acordo para a temporada de 2020.
Profissionais do mercado publicitário costumam destacar que um dos maiores atrativos do pacote da Fórmula 1 é a entrega de mídia que ele proporciona ao longo de todo o ano. Além de aparecem nas provas, as marcas apoiadoras também são citadas em toda a programação da Globo, sempre em que é exibida alguma reportagem relacionada à competição.
A exibição das provas da temporada 2020 seguem normalmente na grade do Globo. Neste domingo, 30, será exibido o Grande Prêmio da Bélgica.