O futebol é cheio de estereótipos e, quando se fala em homofobia, mais ainda. Mas há quem lute contra isso. A Rainbow Laces é uma campanha criada em uma parceria da Paddy Power, uma casa de apostas, e a Stonewall, a maior entidade que luta por igualdade de direitos para lésbicas, gays e bissexuais. A campanha entrou no futebol e diversos jogadores da Premier League usarão cadarços coloridos para apoiar a campanha contra a homofobia nos dias 13 e 14 de setembro. Os jogadores do Arsenal gravaram um vídeo falando dos estereótipos que os marcam como forma de chamar a atenção para a questão.
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O vídeo trata do que os jogadores não podem mudar, que é a forma como eles são vistos. Então, foram ressaltados os estereótipos que esses jogadores conhecidos. Theo Walcott falou que não mudar o fato que ele se parece com o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton. O espanhol Mikel Arteta disse que não pode mudar o fato de ter um “cabelo perfeito”. Olivier Giroud, sempre chamado de galã, diz no vídeo que não pode mudar o fato de ele ser “lindo”. Santi Cazorla diz que não pode mudar a sua altura – e o vídeo ressalta que ele é baixinho. Alex-Oxlade Chamberlain disse que não pode mudar o fato que ele se parece com uma Tartaruga Ninja (aquela, do desenho animado). O vídeo termina dizendo que todos podem mudar o jogo e lutar contra a homofobia, a discriminação contra lésbicas e gays.
“Nós estamos felizes por apoiar a campanha e, enquanto a propaganda é um olhar despreocupado em coisas que não podemos mudar, a discriminação no futebol não pode ser tolerada e nós queremos trabalhar juntos para mudar isso”, declarou Arteta. O Arsenal é um clube que tem uma torcida organizada oficial gay, a GayGooners, e um dos seus fundadores, Stwart Selby, falou sobre a participação do clube na campanha: “A participação do Arsenal na propaganda significa muito para os torcedores LGBT do Arsenal e para a comunidade. A campanha manda uma mensagem que as atitudes devem e podem mudar. A questão é mudar a linguagem e criar um ambiente em que os jogadores e torcedores LGBT devem se sentir confortáveis consigo mesmos e participando do jogo”.
Para incentivar os torcedores a participarem, a loja do Arsenal dará um par de cadarços coloridos a todos que fizerem compras na loja a partir do dia 8 de setembro até o dia 13 de setembro, no fim de semana da campanha, quando o clube recebe o Manchester City no estádio Emirates. O presente estará sujeito a disponibilidade na loja, mas é uma ótima atitude para tentar ampliar a repercussão de uma campanha importante. A campanha tem depoimentos de torcedores que falam sobre como os cantos contra os gays são comuns, naturalizados a ponto das pessoas sequer pensarem nisso.
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“Eu sou árbitro de futebol local por 35 anos e a atitude dos jogadores e torcedores em relação aos gays é terrível, com comentários dentro e fora de campo. Eu tenho que falar com os torcedores e jogadores. Eu tenho que lembrar os jogadores que seus comentários podem ser classificados como abusivos”, disse Derej, torcedor do Aston Villa. “Eu acho que chamar as pessoas de nomes como ‘viado’ ou ‘bicha’ não é visto como preconceito. As pessoas se acostumaram a gritar essas palavras e não pensam no seu significado. Muitas pessoas veem isso como algo tão inofensivo quanto gritar ‘inútil’ a um jogador”, disse Partirck, torcedor do Newcastle.
A campanha visa dar apoio a torcedores e jogadores e jogadoras que sejam lésbicas, gays e bissexuais. Os jogadores usarão os cadarços coloridos no fim de semana do dia 13 e 14 de setembro e a entidade chama o público a participar da campanha com a hashtag #rainbowlaces no Facebook e no Twitter. Em 2013, a campanha foi vista por 25% das pessoas no Reino Unido, segundo a Stonewall. Desta vez, a ideia é ter um alcance maior ainda.
Assista o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=1_2QzUvLNDI
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