terça-feira, 20 de agosto de 2019

Vasco apresenta nova camisa 3, toda branca e com escudo modificado


Vasco apresentou nesta terça-feira sua nova camisa 3 para a temporada.
A camisa para os jogadores de linha será predominantemente branca, com golas e detalhes na manga na cor preta. O calção também é preto.
A inspiração está em um dos modelos de uniforme utilizado pelo goleiro Nelson da Conceição há um século. Ele foi o primeiro goleiro negro do Vasco e da seleção brasileira, contribuindo para a luta contra o racismo no esporte, especialmente no futebol.
O arqueiro defendeu o Cruzmaltino entre 1919 e 1927, atuando em 191 jogos e colaborando para alçar o clube ao patamar dos grandes da cidade do Rio de Janeiro.

Já o meião em preto e branco faz referência ao modelo usado pelo Vasco na primeira e vitoriosa viagem do time à Europa, em 1931, quando conquistou a Copa Myrurgia derrotando o Barcelona, da Espanha. Na mesma excursão pelo Velho Continente, a equipe superou outras grandes forças da época, como o trio de ferro português: Porto, Benfica e Sporting.
Uma das grandes novidades da peça é o escudo. Ele é inspirado em um dos elementos que compõem o troféu "Bodas de Ouro", doado ao clube por portugueses residentes no Brasil em comemoração ao Cinquentenário do Vasco (1898-1948). No troféu, o escudo traz uma versão estilizada da Cruz de Cristo encarnada. Na camisa três, o escudo é mais próximo da Cruz da Ordem Militar de Cristo.
O uniforme chega às lojas nesta quarta-feira, dia do 121º aniversário do Vasco.

Fortaleza se queixa da Turner e faz protesto em camisa do clube

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Presidente do clube reclama de valor pago pela emissora de TV


Alex Sabino
SÃO PAULO
Irritado com a Turner, o Fortaleza fez seus jogadores entrarem em campo para enfrentar o Internacional no sábado (17), pelo Campeonato Brasileiro, usando camisas com  "-14" estampados.
Era um protesto pela desigualdade no pagamento das cotas de TV feitas pela emissora. A partida foi transmitida pelo TNT, canal que faz parte da Turner. 
O símbolo e o número representam a diferença entre os valores recebidos pelo Fortaleza e pelos outros que fecharam contrato com o canal até 2024. De acordo com o presidente do time, Marcelo Paz, PalmeirasSantos, Internacional, Ceará, Bahia, Athletico-PR dividiram R$ 140 milhões de partes iguais. Cada equipe ficou com R$ 23 milhões. O Fortaleza recebeu R$ 9 milhões. 
Consultada pela Folha, a assessoria de imprensa da Turner disse que a empresa “não comenta sobre contratos e sua relação com os clubes e os termos dos contratos são confidenciais.”
Jogadores do Fortaleza (à esq) entram em campo com camiseta escrito "-14"
Jogadores do Fortaleza (à esq) entram em campo com camiseta escrito "-14" - Reprodução/TNT
"O Fortaleza tem o direito de protestar contra essa situação, que julgamos ser totalmente absurda dentro da divisão de cotas no futebol brasileiro. É como se em uma corrida de 100 metros, seis times largassem com 23 metros, e o Fortaleza com 9 metros, e ainda tendo que chegar na frente dessas equipes", reclama Paz.
Ele alega que a disparidade de valores causa desequilíbrio esportivo e dificulta a gestão, já que os torcedores cobrariam investimentos no elenco que o clube não poderia fazer. 
Entre os sete clubes do Campeonato Brasileiro da Série A que têm contrato com a Turner, o Fortaleza foi quem recebeu menos de luvas: R$ 3 milhões. Embolsará também a menor fatia do bolo na divisão do dinheiro prometido pela emissora. Embora esteja descontente com um contrato que foi assinado pela própria agremiação (algo que Paz reconhece), o grande aborrecimento do cartola é outro.
“Minha maior crítica é ao discurso deles. A Turner entrou no mercado como? Pregando igualdade e prometendo não fazer o que a Globo fez. Disseram que promoveriam uma democratização dos direitos de TV. Não posso ficar satisfeito com uma empresa que prega a igualdade e faz outra coisa”, reclama.
Na próxima rodada, a emissora terá direito de transmitir a partida do Fortaleza contra o Santos, na Vila Belmiro. Será domingo (25), às 16 horas.
Os contratos dos clubes com a Turner foram acertados em 2017 e passaram a valer no Brasileiro deste ano. Quando os documentos foram assinados, o Fortaleza estava na Série B. 
“O Bahia, por exemplo, teve R$ 40 milhões. Os outros seis clubes vão dividir um valor em torno de R$ 120 milhões”, completa Paz.
Inicialmente, os valores seriam distribuídos no esquema chamado de 50-25-25: 50% divididos em partes iguais, 25% pela classificação final no torneio e 25% pela quantidade de partidas transmitidas. Mas os clubes que assinaram com a emissora (menos o Fortaleza) conseguiram mudar o acordo e puderam pedir imediatamente a antecipação dos R$ 23 milhões cada. 
“O Fortaleza foi o melhor custo-benefício da Turner. Por um valor muito pequeno, porque estávamos na Série B, eles terão direito de transmissão de todos os nossos jogos contra as outras seis equipes. O problema é que eles não reconhecem isso”, continua o presidente.
Esta é outra queixa. O dirigente diz ter tentado renegociar o contrato do Fortaleza com a Turner porque acreditava que o clube merecia uma valorização. Segundo Paz, a emissora se negou a conversar.
O presidente diz saber que o canal renegociou neste ano os contratos de todas as outras seis equipes, pagando mais do que elas já tinham direito.
“Não tem mais o que fazer. Eles não tiveram a sensibilidade de igualar [o acordo do Fortaleza com os demais]. Mudaram o contrato do Ceará, mudaram o contrato do Bahia, mudaram os contratos de todos os outros, menos o nosso”, finaliza.
Não se trata do primeiro clube que mostra descontentamento com a Turner. Outros clubes se queixaram do tratamento dado à emissora ao Palmeiras, que recebeu cerca de R$ 100 milhões de luvas pelo contrato em TV fechada do Brasileiro. Algo que o canal nega ter acontecido.




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