Lauro Jardim
Radar on-line
Ao contrário do que se supunha até agora, a Globo não utilizará as imagens cedidas pela Record na Olimpíada – A Globosat detém os direitos dos Jogos para a TV por assinatura e não pode cedê-los para a TV aberta.
A rede dos Marinho comprou da OBS (Olympic Broadcast Services) o acesso às imagens, que são vendidas aos não detentores dos direitos de transmissão. Há regras, contudo, para a utilização dessas imagens – afinal, a Record pagou caro (60 milhões de dólares) pelos direitos exclusivos.
Ao longo do dia, um total de seis minutos de imagens poderão ser usados por no máximo três programas jornalísticos da Globo. Cada um deles poderá utilizar apenas até dois minutos. Por evento ou prova, 30 segundos no máximo poderão ser exibidos.
Beleza? Não. As imagens só poderão ser exibidas três horas depois de as partidas ou provas terem terminado. Ou seja, para um jogo ocorrido à tarde, o Jornal Nacional não terá qualquer problema. Mas se um evento terminar no início da noite, apenas o Jornal da Globo o exibirá. Se oJN quiser cobrir o fato, usará uma foto.
Uma dureza para uma rede acostumada a ter os direitos exclusivos de todos os eventos esportivos importantes.
Desde março a Globo tentava negociar com a Record a cessão das imagens. As conversas não andavam. A Record, com a faca, o queijo e as imagens na mão, endurecia as negociações. Há um mês, sem alarde, a Globo optou por fechar com a OBS.
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