terça-feira, 18 de junho de 2013

Futebol brasileiro conquista Leões em Cannes




Duas paixões brasileiras, a propaganda e o futebol tem um relacionamento antigo e cheio de entrosamento nas campanhas publicitárias. Entretanto, essa relação tem se intensificado bastante no último ano.
Aparentemente, este fenômeno tem dois motivos específicos: o primeiro deles está relacionado com a evolução, ainda que tímida, das ações de marketing dos clubes brasileiros, já o outro, é a proximidade com dois grandes eventos do esporte, a Copa das Confederações, em curso, e a Copa do Mundo 2014, cada vez mais próxima.
“Poucos elementos da nossa sociedade estão tão associados a aspectos intangíveis de paixão, empolgação e entusiasmo como o futebol. Quando os eventos como a Copa do Mundo se aproximam, isso fica ainda mais evidente, em função do clima que toma a sociedade. Tende depois que passa a ficar restrito aos patrocinadores e empresas que enxergam o esporte como uma ferramenta estratégica para construção de marcas”, analisa Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva.
Para se ter uma ideia da força do esporte nacional e a sua influência na propaganda, dos 57 Leões que o Brasil já conquistou no festival Cannes Lions 2013, até o fechamento desta nota, mais de dez deles foram com trabalhos relacionados ao futebol.
Entre peças e ações, destaque para o GP na categoria promo, vencido pelo case “Fãs imortais”, da Ogilvy, para o Sport Club do Recife, peça que também levou ouro em Outdoor e PR. O trabalho “Meu sangue é rubro-negro”, da Leo Burnett Tailor Made para Hemoba e Vitória, também merece menção, já que levou ouro em Direct e Outdoor.
A ação da WWF, que mudou a cor do gramado durante a transmissão de um jogo na TV, e da Mizuno, que criou “O anúncio mais leve de todos os tempos", também ganharam Leões em Cannes.
Ainda assim, Somoggi adverte: “No Brasil, os clubes ainda são muito tímidos nessa abordagem, bem diferente de países como Argentina e Espanha, por exemplo, que utilizam muito a publicidade dos próprios clubes para fortalecer a relação entre clube e torcedor”, conclui.
Confira esse timaço de cases:




Redação Adnews  

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Coca é o patrocinador mais lembrado

Refrigerante e Itaú superam marca de 40% de recall, segundo pesquisa da MC15, feita em parceria com a NetQuest

12 de Junho de 2013  08:50
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Cena do comercial da campanha da Coca-Cola para a Copa das Confederações
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Cena do comercial da campanha da Coca-Cola para a Copa das ConfederaçõesCrédito: Divulgação
A Coca-Cola é o patrocinador oficial da Copa do Mundo de 2014 com maior lembrança junto ao público brasileiro com índice de 54% (veja quadro abaixo). Em segundo lugar aparece o banco Itaú, com 46%. O estudo, realizado pela empresa de consultoria e pesquisa MC15, em parceria com a NetQuest, foi feito com exclusividade para Meio & Mensagem.

De acordo com os resultados, as pessoas são bastante receptivas à ideia de marcas se associarem à Copa do Mundo. No entanto, a percepção de cada um dos patrocinadores por parte do público ainda depende de comunicação eficiente e continua. Não à toa 34% da amostra não lembraram de marca alguma, índice superior à lembrança da marca Adidas, que aparece em terceiro com 32%.

A íntegra desta matéria está publicada na edição Especial Marketing Esportivo, que é parte integrante da edição 1563 de 10 de junho, exclusivamente para assinantes doMeio & Mensagem.
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Crédito: MC15 e NetQuest

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Não recomendo", diz jovem sobre ser voluntária na Copa


Quando viu a oportunidade de participar como voluntária de um grande evento como a Copa das Confederações, a estudante universitária Bruna Almeida, 20 anos, não hesitou e se inscreveu para o programa Brasil Voluntário. O que era visto como uma oportunidade de aprendizado, tornou-se uma grande dor de cabeça que a jovem afirma: “não recomendaria nem ao meu pior inimigo”.
O programa, estruturado e coordenado pelo Governo Federal em parceria com a Fifa, tem como objetivo mobilizar voluntários que se dispusessem a ajudar na organização da Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013 e da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014.
Entre as funções previstas para a equipe, estão o suporte aos torcedores em aeroportos, pontos turísticos, festas públicas, atendimento à imprensa não credenciada, turistas e população em geral.
Para entrar no programa, as pessoas selecionadas passaram por uma etapa de treinamento online e outra de treinamento presencial. Segundo ela, foi depois dessa fase que começaram as dificuldades para entrar em contato com a organização e obter respostas quanto às dúvidas que ainda pairam entre os voluntários, entre elas, a divulgação das escalas de horário e local de trabalho.
“Primeiro nos disseram que iriam divulgar no dia 25 de maio onde iríamos trabalhar. Quando a data chegou, divulgaram uma nota afirmando que as escalas sairiam dia 7. Eles disseram ainda que não sabiam se o Rio de Janeiro teria uma Casa do Voluntário  – um centro de assistência aos trabalhadores – como nas demais cidades-sede, e que não havia previsão para a entrega dos uniformes”, relata ela.
“Entre ontem (segunda-feira) e hoje (terça-feira), a organização começou a responder a esclarecer algumas questões pontuais. Agora, eles afirmaram que os uniformes serão entregues apenas nos dias 14 e 15 – data da cerimônia de abertura do evento. Hoje, nós ainda não sabemos para onde iremos, nem o horário de trabalho”.
Bruna afirma ter apelado, assim como outros colegas, até para Ministério dos Esportes, mas que a falta de respostas é generalizada. “Já ligamos, mas ninguém sabe de nada, nada é resolvido”, critica.
Em contato com o Terra, o Ministério dos Esportes afirmou que após a conclusão dos treinamentos oferecidos pelo programa Brasil Voluntário, cada cidade-sede definiu as escalas de atuação e convocou os voluntários. Porém, a prefeitura do Rio de Janeiro ainda não havia apresentado uma definição nesse sentido até a noite desta segunda-feira, 10 de junho.
Por isso, a entrega dos uniformes foi adiada em dois dias. “Os voluntários convocados poderão retirar o uniforme e credenciais durante o treinamento dos dias 15 e 29 de junho”, informou o Ministério em nota.
Além disso, a assessoria de imprensa do órgão confirmou que a capital fluminense terá sim uma Casa do Voluntário. Ela será aberta na próxima sexta-feira, 14, e funcionará no auditório do Hospital Escola São Francisco de Assis, localizado na avenida Presidente Vargas, 2863, próximo ao metrô da Praça Onze.
​“Um monte de gente que já fez todo o treinamento está desistindo, pois não tem apoio nenhum. Eles falam que a gente tem que criar a cultura do voluntariado para a Copa do Mundo de 2014, mas não dão suporte”, diz a voluntária.
Ainda em nota, o Ministério afirmou que “a comunicação aos voluntários do Rio de Janeiro começou no momento em que a coordenação do programa foi informada pela prefeitura do Rio de Janeiro sobre a convocação”.
“Eu não vou recomendar para ninguém ser voluntário, porque é só estresse”. Apesar disso, Bruna descarta abandonar o projeto dias antes do início da Copa. “Eu tenho um compromisso com o programa e com as pessoas que estarão no Rio de Janeiro para a Copa das Confederações. Se eu desistir, estarei prejudicando gente que não tem nada a ver com a história”, avalia.
Ao todo, 440 candidatos atuarão nos arredores do estádio do Maracanã e nos pontos de mobilidade urbana. Outros 30 voluntários atuarão no Centro Aberto de Mídia do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Legado econômico de Copa e Olimpíada é incerto



A um ano da realização da Copa do Mundo no Brasil e a três dos Jogos Olímpicos Rio-2016, o legado econômico que será gerado ainda é duvidoso. O tema foi abordado durante o seminário Copa e Olimpíadas na Economia Nacional, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. O debate envolveu representantes do Ministério dos Esportes, das prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro e do governo do Estado Paulista.

"O primeiro movimento desses grandes eventos é o de se construir infraestrutura essencial para promovê-los. São investimentos que vão mudar a cara do País", disse Joel Benin, do Ministério dos Esportes. Para ele, os dois eventos foram responsáveis, em parte, pela retomada dos investimentos em infraestrutura nos últimos anos.

"Os eventos deram visibilidade para a necessidade de melhorar a nossa infraestrutura. Vamos deixar um legado material visível para o País", disse ele, sem entrar em detalhes sobre atrasos em obras, principalmente no que diz respeito à Copa do Mundo.

Ele afirma que o legado imaterial também é importante. "Os eventos promovem um País que é a sexta, sétima economia do mundo e vai ajudar a ampliar relação comercial (do Brasil) com o mundo. Espera-se que o turismo, interno e externo, movimente cerca de R$ 9 bilhões somente durante a Copa do Mundo. Serão cerca de 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros viajando pelo País", disse. "Copa do Mundo e Olimpíada têm impacto econômico extraordinário, inclusive no desenvolvimento econômico regional. Não é só um estádio", afirma.

Mônica Monteiro, gerente de relações institucionais e parcerias da secretaria municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, diz que o aprendizado com os Jogos Pan-Americanos de 2007 deve servir para que o legado seja efetivamente usufruído pela população.

"Queremos deixar um legado social maior, conseguir utilizar melhor aquilo que for disposto para os dois eventos". O Pan de 2007 deixou resultados bastante questionáveis. Seis anos depois, o estádio do Engenhão está fechado, com problemas estruturais, o Maracanã, que foi reformado para o evento teve os investimentos perdidos, já que foi praticamente reconstruído para a Copa e equipamentos construídos para o Pan são subutilizados, como o complexo aquático Maria Lenk.

Para a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), os ganhos trazidos pela Copa do Mundo à zona leste da capital paulista são inquestionáveis. Lá, está em construção o novo estádio do Corinthians, local previsto para a abertura da Copa. "Nosso desafio é melhorar a qualidade de vida da população. São os nossos problemas. Os eventos devem ser vistos nessa ótica. Impulsionar o papel promissor que a cidade, o Estado e o País tem", diz ela.

Segundo Nádia, as obras de mobilidade no entorno do estádio e a revitalização da região vão pesar no desenvolvimento econômico da zona leste nos próximos anos. "Está nos planos da cidade a construção de um novo polo econômico na região.

Rodrigo Gouveia, membro do comitê paulista da Copa do Mundo, do governo do Estado, lembra que a Copa do Mundo vai consolidar a cidade como destino de grandes eventos internacionais. E que até a segurança pública deverá se beneficiar do evento.

"O centro de segurança integrado, que vai unir esforços da União, do Estado e município ficará à disposição de São Paulo após a Copa do Mundo. Será um ganho bastante importante, principalmente no que diz respeito à questão tecnológica", diz.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Demanda por ingresso



Em recente estudo, a Jambo Sport Business analisou os números referentes ao público pagante dos jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2012 http://www.slideshare.net/jambosb/comportamento-da-demanda-por-ingresso-campeonato-brasileiro-de-futebol-2012 e, baseado nesses, buscou identificar alguma correlação com fatores como classificação dos clubes, capacidade do estádio e preço dos ingressos. 


Diante de todos os pontos abordados no estudo, foi possível concluir o quão complexo é precificar ingressos no futebol e que seria pretensioso tentar estimar a elasticidade ao preço dos ingressos nesse campeonato, visto se tratar de um processo em que diversas variáveis, muitas das quais incontroláveis, afetam a demanda. 

Dessa forma, temos que os principais fatores que influenciam o público são: 

- TAMANHO DA TORCIDA 

- ATRATIVIDADE DOS JOGADORES, já que a presença de ídolos e craques carismáticos pode contribuir para a ida ao estádio. 

- IMPORTÂNCIA DO JOGO, e aqui independe muitas vezes das chances de disputa de título. 

- ACESSO AO ESTÁDIO, onde se contempla o tempo e opções de locomoção, facilidade de estacionamento e demais atributos ligados ao conforto. 

- HORÁRIOS E DIAS DOS JOGOS 

- O fato de um TIME ESTAR DISPUTANDO MAIS DE UMA COMPETIÇÃO também é capaz de influenciar a ida aos jogos, pois muitas vezes o torcedor precisará priorizar alguns jogos de forma que seu orçamento não seja impactado. 

- Por fim, impacta também a demanda FATORES MACROECONÔMICOS mais abrangentes, tais como índice de emprego, inflação e até juros. 

PÚBLICO COMO MANDANTE
Obviamente um ambiente em que exista uma economia madura e produtos como o season ticket já estejam aculturados à sociedade, torna mais fácil a análise de elasticidade, porém, infelizmente, ainda não é o caso do Brasil. 
Além disso, é importante salientar que, mesmo se conseguíssemos expurgar os efeitos das variáveis citadas, os dados coletados não seriam suficientes para definir o grau de elasticidade, pois para isso seria necessária uma série histórica de relativa significância. 
Deve também ficar claro que a demanda pelo produto não pode ser o fator exclusivo para precificação, já que os custos têm fator preponderante na formação do preço. Nada adianta ter um preço que eleve a demanda, se o mesmo não remunerar os custos envolvidos. 

Evidentemente que a operação dos clubes não pode depender unicamente da renda obtida nos jogos para financiar as despesas envolvidas com o futebol, mas também não é possível que tal linha não tenha uma representatividade significativa na composição de receitas. 

Portanto, o preço do ingresso deve ser coerente e compatível com o poder aquisitivo médio do torcedor, entretanto não é com certeza, fator determinante para definir o volume de público das partidas.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Só 7% de todo dinheiro gerado por futebol vão para os clubes; Paulo Calçade critica modelo e analisa (ESPN - Linha de Passe)

Paulo Calçade trouxe um dado interessante ao programa Linha de Passe de segunda-feira (28/05/2013): apenas 7% de todo o dinheiro gerado pelo futebol nacional ficam com os clubes. O comentarista explica melhor o modelo e o critica, já que isso enfraquece os times. Veja!


http://www.espn.com.br/video/332632_so-7-de-todo-dinheiro-gerado-por-futebol-vao-para-os-clubes-paulo-calcade-critica-modelo-e-analisa

Colaboração: Gustavo Pereira