Trechos do discurso do deputado Romário, agora há pouco, na Câmara dos Deputados:
“Com a mesma frustração da maioria dos torcedores, vi a nossa seleção masculina de futebol tropeçar diante do México na final e conquistar uma prata de sabor amargo.
Eu já disse e repito: é preciso mudar muita coisa nesse time, a começar pelo técnico, e iniciar desde já um trabalho sério de planejamento, para que o Brasil possa pelo menos ter uma atuação digna na Copa de 2014 e fazer jus à sua condição de país-sede e pentacampeão mundial.
Do jeito que está, dificilmente iremos longe, apesar de o time contar com bons jogadores e até mesmo com dois ou três craques.”
Eu já disse e repito: é preciso mudar muita coisa nesse time, a começar pelo técnico, e iniciar desde já um trabalho sério de planejamento, para que o Brasil possa pelo menos ter uma atuação digna na Copa de 2014 e fazer jus à sua condição de país-sede e pentacampeão mundial.
Do jeito que está, dificilmente iremos longe, apesar de o time contar com bons jogadores e até mesmo com dois ou três craques.”
“Achei muito interessante ver que a Prefeitura de Londres, ciente de que os Jogos são um evento passageiro, evitou a construção de elefantes brancos, de orçamento milionário. O entendimento dos britânicos parece ser o de que dinheiro público não deve ser esbanjado, coisa em que já teríamos de estar pensando aqui no Brasil desde muito tempo atrás.”
“Assim, foram construídas arenas provisórias para receber algumas competições. Além disso, foram adaptados prédios já existentes e outros foram construídos com o intuito de serem reaproveitados depois das Olimpíadas. Não foi erguida nenhuma arena para 70 mil pessoas, como no Brasil. Pelo contrário, o estádio olímpico de Londres teve sua capacidade reduzida de 80 mil para 25 mil espectadores, tornando-se mais viável dessa forma.
Ouvi de alguns gestores que a aposta do governo local era que o legado olímpico iria favorecer as regiões mais pobres da cidade, com a geração de empregos, a adequação dos equipamentos, a valorização da área como um todo. Ou seja, o evento estaria sendo usado não apenas para promover o esporte e incrementar o turismo, mas também para reduzir as desigualdades sociais.
Fiquei também muito impr essionado com a mobilidade urbana. Esse é um tema que preocupa milhares de brasileiros, em todas as nossas grandes cidades. Mas, lamentavelmente, pelo andar da carruagem, parece que não temos esse benefício social.”
Ouvi de alguns gestores que a aposta do governo local era que o legado olímpico iria favorecer as regiões mais pobres da cidade, com a geração de empregos, a adequação dos equipamentos, a valorização da área como um todo. Ou seja, o evento estaria sendo usado não apenas para promover o esporte e incrementar o turismo, mas também para reduzir as desigualdades sociais.
Fiquei também muito impr essionado com a mobilidade urbana. Esse é um tema que preocupa milhares de brasileiros, em todas as nossas grandes cidades. Mas, lamentavelmente, pelo andar da carruagem, parece que não temos esse benefício social.”
“Quero destacar, além disso, que os britânicos, este ano, saltaram para o terceiro lugar no quadro de medalhas, ficando bem acima do Brasil.
Em Atlanta, em 1996, o Reino Unido terminou em trigésimo sexto, com apenas um ouro e 11 posições abaixo do Brasil.
Acho que eles não receberam ajuda apenas de Papai do Céu, mas também souberam trabalhar com planejamento, com investimento e sem desperdiçar verba pública, coisa que aqui, infelizmente, não acontece.”
Em Atlanta, em 1996, o Reino Unido terminou em trigésimo sexto, com apenas um ouro e 11 posições abaixo do Brasil.
Acho que eles não receberam ajuda apenas de Papai do Céu, mas também souberam trabalhar com planejamento, com investimento e sem desperdiçar verba pública, coisa que aqui, infelizmente, não acontece.”
“O Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, recebeu, nos últimos 4 anos, quase 1 bilhão de reais do Ministério do Esporte e das Loterias Federais e repassou muito pouco ao Comitê Paraolímpico. Mas, mesmo com poucos recursos, o trabalho que está sendo realizado impressiona pela seriedade e pelos resultados que têm sido alcançados. O Brasil já conquistou medalhas na natação, no atletismo, na bocha, no judô e segue avançando em esportes como o futebol, o vôlei sentado e outros. São, até o momento, 25 medalhas, 12, de ouro, que deixam o Brasil em 8º lugar no quadro de medalhas.
Essas conquistas devem ser motivo de orgulho de todos nós e devem servir de e xemplo para o Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, que já passou da hora de deixar de ser amador. Espero, aliás, que o COB saiba usar de maneira correta os recursos que receberá nos próximos 4 anos, que com certeza passarão de 1 bilhão de reais, e não nos faça passar vergonha nas Olimpíadas do nosso País.”
Essas conquistas devem ser motivo de orgulho de todos nós e devem servir de e xemplo para o Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, que já passou da hora de deixar de ser amador. Espero, aliás, que o COB saiba usar de maneira correta os recursos que receberá nos próximos 4 anos, que com certeza passarão de 1 bilhão de reais, e não nos faça passar vergonha nas Olimpíadas do nosso País.”
“Para finalizar, gostaria de aproveitar a oportunidade e pedir à nossa Presidenta Dilma, ao nosso Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não que façam uma intervenção, mas que comecem a fiscalizar de uma forma mais direta e mais concreta entidades essas como CBF e COB, porque nós agora estamos próximos de grandes eventos.
Vem aí a Copa das Confederações, no ano que vem; 2014, a Copa do Mundo; e 2016, as Olimpíadas. ”
Vem aí a Copa das Confederações, no ano que vem; 2014, a Copa do Mundo; e 2016, as Olimpíadas. ”
“Pelo que eu vejo, se continuar acontecendo no nosso País o que vimos acompanhando no dia a dia, principalmente em relação ao futebol, essa máfia que tem hoje na CBF… Espero que o Presidente não participe mais de convocações — muitos, ali dentro da CBF, estão levando dinheiro para isso — e não prejudique a atuação do Brasil na próxima Copa do Mundo, de 2014, que é uma grande oportunidade de nós darmos o troco de 1950.”
“Em relação ao COB, todos nós sabemos que as pessoas que estão no COB já estão há mais de 20 anos. Se não houver fiscalização, por parte da nossa Presidenta ou por parte de algum órgão do nosso Governo Federal, eu infelizmente posso aqui afirmar que nós vamos passar uma grande vergonha nas Olimpíadas de 2016.”
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Colaboração de Gustavo Pereira
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