Monday, 01 August 2011 18:04
Written by Alexandre Franklin
Um dos novos assuntos e mais comentados no mundo esportivo no Brasil atualmente é oUltimating Fighting Championship, o famoso UFC. Chegando de uma forma avassaladora no país (apesar de sua origem ser brasileira), a marca UFC sempre teve em seu DNA ser um evento grande, impactante e inovador. Agora Dana White, famoso líder da organização, conseguiu se estabelecer de vez no país que certamente mais revela grandes atletas para a competição.
Com verdadeiras lendas do MMA de sangue brasileiro e trazendo o evento para a cidade que já respira Copa do Mundo e Olimpíadas, o Rio de Janeiro, podemos dizer que Dana White está com a faca e o queijo na mão para aumentar ainda mais o valor de seu produto, que hoje já é milionário. Nós brasileiros também temos uma oportunidade de ouro, ver um monte de socos, chutes, sangue e melhor que isso, lições importantes sobre Gestão de Produtos no esporte!
Por toda a antiga história da humanidade, a luta sempre foi uma emocionante forma de entretenimento. Das lutas em Roma até as artes marciais da Ásia, nossos ancestrais sempre perceberam que de fato o ser humano tem um instinto agressivo e uma tendência a gostar de movimentos que possam acabar com oponentes, sejam estes animais selvagens ou seres humanos, o resultado sempre vai tirar o fôlego de quem está assistindo. O que Dana White e seu império criou e nós brasileiros teremos a chance de estudar e aprender ao vivo, é como se organiza e promove o seu evento esportivo? Como criar ídolos? Como gerar novos negócios e fazer com que eles fortaleçam a sua “brand” principal? Como transformar o esporte num verdadeiro produto sólido mundialmente?
O UFC já mostrou ao mundo e agora está colocando em prática para os brasileiros que não basta ser um evento esportivo, é preciso construir um verdadeiro espetáculo com luz, imagem, som e entretenimento. Não basta divulgar o evento em jornais, você tem que promover e gerar o seu próprio conteúdo, mostrar os bastidores e antecipar o excitamento pela luta. Não basta transmitir localmente, você deve explorar o direito de transmissão global, o pay-per-view leva a sua marca "sem fronteiras". Não basta só você comunicar o evento, você deve ensinar os atletas a usar corretamente as mídias sociais e serem embaixadores do seu evento. Não basta você licenciar bonecos e camisas, você deve licenciar o que o seu consumidor quer, reality shows, vídeo games, cartões de crédito com sistema de pontuação em compra de produtos licenciados e etc. Não basta você ter a liderança só dentro do evento, você como líder da organização, tem que ter o carisma com o público e ser transparente com ele.
Não é por acaso que cada vez mais vemos pessoas de todas as idades e facções usando produtos UFC, muito mais do que do seu lutador favorito. Cada estratégia usada pelo UFC antes, durante e depois de cada luta, proporcionou a soberania da marca UFC perante aos atletas que teoricamente são quem verdadeiramente fazem o show. Com isso, hoje para ser um grande atleta de MMA e estar bem posicionado no mercado, o atleta precisa estar no UFC.
Com todo esse arsenal de estratégias de marketing e comunicação voltadas para promover a marca UFC acima de tudo, fica claro que não é nenhuma novidade para os organizadores que o UFC 134 no Brasil iria esgotar os seus ingressos, com a expressiva marca em vendas de 1h 14min e certamente indo colocar cerca de 14 mil fãs na HSBC Arena. Se você quiser que o seu produto tenha o mesmo tipo de popularidade, é melhor você começar a assistir mais lutas UFC.
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