O marketing esportivo vive neste momento o auge de sua importância no Brasil, com a aproximação dos eventos “Copa do Mundo” em 2014 e “Jogos Olímpicos” em 2016, é com certeza um dos assuntos mais comentados na mídia, e com isso muitas empresas se interessam em associar sua imagem aos eventos e ou seus atletas.
O primeiro caso em nossa história de marketing esportivo foi feito pela empresa Lacta em 1940 com o chocolate em barras chamado “Diamante Negro” em uma homenagem feita ao jogador Leônidas da Silva apelidado pelo jornalista francês Raymondo Thourmagem de “Diamante Negro”, que foi eleito um dos melhores jogadores da copa do mundo de 1938, hoje 75 anos depois, o chocolate é o um dos mais vendidos com quase 10% de share e exportado para outros países.
Porque será que gostamos tanto de assistir e praticar esportes? São inúmeros motivos, entre eles porque praticar esporte faz bem para a saúde, e produz em nossos corpos agentes químicos como a serotonina, dopamina, endorfina que são responsáveis por entre outras coisas, o sentimento de prazer bem estar e alegria. O esporte também serve como referência e inspiração em nossas vidas, não são poucos os casos de superação, seja no momento do esporte ou fora dele, por meio dos atletas que se tornam também heróis, como é o caso do jogador de basquete Oscar Schmidt que além de ser uma lenda viva nas quadras também serve de inspiração em sua luta contra um câncer no cérebro, que o atleta lida com seu otimismo típico e força de vontade
Outro motivo muito importante para esta paixão é o sentimento de pertença, ao torcer por um time, um esporte, o torcedor cria laços que moldam entre outras coisas sua forma de ser, seu comportamento, estilo e faz com que ele se sinta participante e assim crie um elo afetivo nesta experiência.
Não poderia deixar de citar a importância do esporte na inclusão social, uma vez que é por intermédio dele que muitas pessoas mudam suas vidas e condições sociais nos diversos programas realizado em nosso país, como foi o caso, entre muitos exemplos, da carioca Rafaela Silva, que vinda de um projeto social realizado na rocinha no Rio de Janeiro, conquistou mês passado (08/2013) a medalha de ouro no Mundial de Judô.
Com tudo isso um dos fatores mais importantes e explorados no marketing esportivo é a paixão, em uma época de relacionamentos “líquidos” como, abordado pelo escritor Zygmunt Bauman onde as relações são cada vez mais efêmeras, vemos que o caso do torcedor foge a este espirito e temos uma fidelidade típica da paixão, é quase impossível conhecer algum torcedor de futebol que mudou de time, e pelo contrário, é nos momentos mais difíceis do clube, que o torcedor expressa melhor sua paixão e fidelidade, como vimos nos casos do Corinthians quando o time caiu pra segunda divisão os torcedores se uniram na saga da volta do time à primeira divisão do campeonato Brasileiro, que gerou um excelente documentário chamado “Fiel o Filme” lançado em 2009, que com certeza poderia ter sido filmado com torcedores de outros times que são tão apaixonados quanto, como costuma dizer uma amigo, “eu já vi gente trocar de esposa, de emprego, de família, mas nunca de time“ este é o espírito, é com este torcedor e com certeza também consumidor que que as empresas tem o desafio de se comunicar.
Produto
Preço
Promoção
Praça
No marketing esportivo, é fundamental considerar o “P” de paixão, mais do que nunca é preciso respeito e sensibilidade para se comunicar com este consumidor muito sensível na forma como seu esporte, seu clube é abordado pelas empresas, ele é um consumidor que procura produtos e se inspira nos atletas em destaque, desta forma lidar com a paixão de alguém merece cuidado, principalmente quando se trata de usar como ferramenta o humor.
Assim, o marketing esportivo é seguramente uma ótima oportunidade para marcas e empresas, nos próximos anos o esporte “made in Brasil” estará em evidência e lidar com a paixão do consumidor, quando bem feito, pode ser apaixonante. Termino este artigo com um vídeo de uma as melhores propagandas dos últimos tempos em marketing esportivo, ela é sensível e tocante, assim como deve ser o marketing, contar uma história.
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