sábado, 9 de março de 2013

O legado da Copa





ILUSTRAÇÕES: ZUCA SARDAN
A Copa do Mundo no Brasil: qual o legado provável?
Marcelo Weishaupt Proni*

Quando o Brasil sediou a Copa, em 1950, não havia essa preocupação com legado, nem com os impactos econômicos dos gastos necessários para organizar o torneio. A construção do Maracanã, projeto gigantesco, certamente aumentou a demanda de material de construção, implicou em geração de empregos, contribuiu para a urbanização daquela região da cidade e ajudou a dinamizar momentaneamente a economia da Capital federal. Talvez o dinheiro gasto pelo governo na construção do Estádio Municipal (renomeado “Jornalista Mário Filho” em 1966) pudesse ter sido utilizado de outra forma – como afirmavam políticos de oposição –, mas a população carioca acabou legitimando a decisão de investir numa obra que encheu de orgulho a nação.
Não foi preciso construir ou ampliar outros estádios. Em São Paulo, já havia o Pacaembu; em Belo Horizonte, o Independência. Também foram usados: o estádio dos Eucaliptos em Porto Alegre, a Vila Capanema em Curitiba e a Ilha do Retiro no Recife (mas, a desistência de 3 seleções diminuiu o número de jogos). O Morumbi, o Mineirão e outros grandes estádios foram construídos bem depois.
Em 1950, estima-se que a população do Rio passava de 2,3 milhões de pessoas. O novo estádio, projetado para mais de 160 mil pagantes, tinha capacidade de receber todo tipo de público. Os torcedores ficavam divididos em torno do campo em 4 categorias principais: camarote, cadeira, arquibancada e geral. Um jogo de futebol no domingo à tarde era, como diria Nelson Rodrigues, uma festa “democrática”.
O maior legado da Copa de 1950 foi, sem dúvida, no campo esportivo. Em especial, o Maracanã se tornou o principal palco do futebol brasileiro e ampliou a arrecadação com bilheteria para os grandes clubes cariocas. De quebra, mostrou ao mundo a capacidade de engenharia do País e se tornou cartão postal da cidade maravilhosa. Provavelmente, o torneio ajudou a atrair turistas estrangeiros.
Naquela época, não havia caderno de encargos e a Fifa era mais flexível (o próprio Maracanã não estava totalmente pronto, durante a Copa). O futebol era considerado um espetáculo popular, mas ainda não tinha entrado na fase da televisão e do marketing.
Na era da globalização, a Copa do Mundo se transformou num megaevento transmitido ao vivo para centenas de milhões de telespectadores, exigindo uma organização de alta complexidade e propiciando uma diversificada fonte de receitas. Os contratos de exclusividade assinados pela Fifa passaram a requerer uma série de garantias. Desde 1990, o país escolhido para sediar o torneio teve de demonstrar que é capaz de oferecer perfeitas condições de trabalho para a imprensa e de treinamento para as delegações, além de oferecer estádios seguros e confortáveis para os torcedores e plenas condições para o transporte e hospedagem dos turistas vindos de todas as partes do globo.
A preocupação com legado e com os impactos econômicos derivados da realização de uma edição da Copa do Mundo é relativamente recente. Principalmente no caso de países em desenvolvimento, como a África do Sul e o Brasil, que apresentam infraestrutura insuficiente e precisam mobilizar elevados recursos para atender as exigências da Fifa. Tornou-se necessário legitimar o enorme gasto público necessário com a promessa de que a realização do torneio traz uma série de benefícios para a sociedade em geral.
Contudo, estudos efetuados posteriormente às Copas da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010) indicam que os efeitos positivos para a economia nacional foram insignificantes, seja em relação ao crescimento do PIB ou à geração de empregos, e que mesmo o setor de turismo teve ganhos muito aquém dos projetados antes do torneio. As avaliações referentes à Copa de 2010 evidenciam certos efeitos negativos, em particular a ociosidade dos estádios (“elefantes brancos”) e os benefícios concentrados na classe média, em detrimento de gastos na área social que poderiam beneficiar a população mais pobre.
Por outro lado, a prestação de contas da Fifa e dos comitês organizadores locais demonstra claramente que a Copa do Mundo é um negócio bastante lucrativo. Aliás, há várias empresas (e empresários) que ganham muito com o megaevento.
As projeções oficiais sobre os impactos econômicos da Copa de 2014 são bastante otimistas e procuram realçar o potencial máximo de ganhos que poderiam decorrer da efetivação dos gastos previstos para a preparação da infraestrutura urbana nas 12 cidades sede e para a construção ou reforma de estádios, assim como dos gastos referentes aos turistas estrangeiros durante o megaevento. Porém, a literatura internacional vem demonstrando que os resultados efetivos da realização de uma edição da Copa, pelo menos do ponto de vista econômico, costumam ser bem mais modestos e beneficiar apenas alguns segmentos privilegiados.
É preciso mencionar que o torneio estabeleceu um cronograma para várias melhorias na área de transporte aéreo e urbano, mas muitas obras estão atrasadas e com o custo inflacionado. Embora exista uma expectativa justificável de que a Copa estimule o setor turismo no País, é provável que seus principais legados não sejam na área econômica.
Olhando do ponto de vista esportivo, tudo indica que a Copa vai ser um marco na história do futebol brasileiro, mais um passo na transição para um estágio mais avançado de organização empresarial. O futebol mudou bastante nas últimas décadas, tanto dentro como fora dos gramados. As novas arenas multiuso – o legado mais palpável – expressam a preferência por um tipo distinto de torcida.
Atualmente, o Rio tem mais de 6,3 milhões de habitantes, mas a capacidade de público do Maracanã encolheu para menos de 80 mil pessoas, todas sentadas em cadeiras numeradas. Em São Paulo, o Pacaembu está ficando obsoleto, ao passo que as novas arenas (Corinthians, Palestra) e o Morumbi reformado vão privilegiar um tipo de público mais exigente e comportado. Em compensação, por enquanto, os principais jogos ainda são transmitidos pela televisão aberta, dando a sensação de acesso democrático ao espetáculo.
Entretanto, o caríssimo orçamento das arenas projetadas para a Copa tem colocado em questão a necessidade de tais investimentos e a consequência das dívidas assumidas. Por exemplo, é difícil explicar a decisão do governo do Distrito Federal de gastar R$ 1,2 bilhão na reforma e ampliação do estádio Mané Garrincha, agora com capacidade para 70 mil espectadores. Têm sido realizados seminários para discutir a sustentabilidade econômica dessas arenas multiuso, mas há muita desconfiança em relação à ociosidade de estádios onde o futebol ainda não entrou na era empresarial, caso da Arena Pantanal, da Arena das Dunas, da Arena da Amazônia e do próprio Estádio Nacional. Estes projetos estão sendo financiados pelo BNDES, mas os governos estaduais é que vão pagar os empréstimos para viabilizar negócios privados.
Em suma, na nova etapa do futebol brasileiro, os três níveis de governo continuam sendo solicitados para apoiar a modernização da infraestrutura, para uma atividade que é cada vez mais dominada pela lógica econômica. Prevalecendo a racionalidade do mercado, o preço médio dos ingressos provavelmente vai aumentar, o que pode excluir definitivamente os torcedores de baixa renda. Inclusive, há quem defenda essa medida como estratégia para combater a violência entre torcedores. Ainda assim, alguns governos estaduais terão de custear a manutenção das arenas construídas e o governo federal será pressionado a renegociar as dívidas dos grandes clubes nacionais.
O futebol vai continuar sendo uma paixão nacional, elemento da nossa identidade coletiva, mas a Copa vai intensificar o processo de privatização do espetáculo, tendência que parece ser irreversível.
*Marcelo W. Proni – economista formado pela Unicamp, mestre em Ciências Econômicas e doutor em Educação Física, também pela Unicamp. Atualmente, é diretor associado do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit). Autor do livro A Metamorfose do Futebol e de vários artigos sobre economia do esporte. É torcedor do Botafogo de Ribeirão Preto
Colaboração: Gustavo Pereira (ex-aluno)

quarta-feira, 6 de março de 2013

O capitalismo entra em campo




Com mentalidade empresarial e empenho para superar velhos vícios administrativos que tanto prejudicam os clubes, uma nova leva de dirigentes esportivos age para revolucionar o futebol carioca

por Felipe Carneiro | 06 de Março de 2013
fotos Fernando LemosDa esqueda para direita - Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo: austeridade. O botafoguense Maurício Assumpção: criatividade para faturar. Peter Siemsen, à frente do Fluminense: diversificação de receitas. Cristiano Koehler: como uma grande corporação, o Vasco agora tem um CEO.


A figura do dirigente esportivo nacional sempre foi vista com desconfiança. Não sem razão, o próprio termo cartola, usado para se referir à classe, carrega uma carga pejorativa, associada a irresponsabilidade, incompetência e amadorismo — além de, em muitos casos, desonestidade. No entanto, fora dos gramados foi feita uma substituição que reacende a esperança dos torcedores cariocas. Em um movimento que se consolida aos poucos, uma nova safra de dirigentes ganha poder nos clubes do Rio. São pessoas com passagem por grandes empresas que se propõem a verter para o mundo da bola as lições que aprenderam no escritório de algumas das companhias mais poderosas do país. É natural, então, que termos característicos do linguajar corporativo, como core business, CEO, maximização de receitas e fundo de investimento em direito creditório, estejam incorporados à rotina de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Entre o quarteto, o exemplo mais destacado vem da Gávea. No fim de 2012, os sócios rubro-negros elegeram a chapa encabeçada pelo economista Eduardo Bandeira de Mello, diretor do BNDES, há 25 anos na instituição. Do grupo fazem parte nomes conhecidos do mundo dos negócios, como é o caso de Rodolfo Landim, que foi sócio de Eike Batista, e do ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni. Cabe a eles a missão de recuperar o clube mais popular do país, avariado por dívidas acima de 450 milhões de reais. Com dois meses no poder, a equipe já conseguiu ter uma dimensão do problema. "Descobrimos que o orçamento era uma ficção. Decidia-se o que fazer com o dinheiro no instante em que ele entrava no caixa, de improviso", conta um assustado Landim, vice-presidente de planejamento.

Se os executivos recém-chegados conseguirem implantar as práticas capitalistas que conhecem tão bem, já terá sido uma enorme contribuição a um meio cheio de vícios, seja por inércia, seja por falta de honradez de seus comandantes. Neste começo de gestão no Flamengo, algumas medidas já foram implementadas com o objetivo de profissionalizar a agremiação (veja o quadro ao lado). Foram criadas as diretorias de recursos humanos, marketing e assuntos jurídicos, para as quais gente com qualificação no mercado foi contratada. Tal qual numa empresa, os dirigentes traçaram metas para os funcionários, com bônus caso elas sejam alcançadas. Outra providência emergencial foi a realização de uma auditoria a fim de obter uma radiografia financeira do clube, prerrogativa fundamental para uma governança prudente. A promessa é divulgá-la a cada três meses.



Os ventos de mudança que sopram na Gávea atingem também São Januário. Para dar um basta na situação caótica em que se encontrava o Vasco da Gama, o presidente Roberto Dinamite contratou o administrador gaúcho Cristiano Koehler, que vem sendo chamado lá dentro de CEO (chief executive officer), sigla em inglês para designar o principal executivo de uma empresa. Ele chegou com plenos poderes para reorganizar o clube, que acaba de perder seu patrocínio no futebol. Sob sua alçada estão cinco diretorias recém-criadas: jurídica, marketing, futebol, administração e planejamento e finanças. Pode parecer absurdo, mas estes primeiros meses estão sendo usados para estabelecer rotinas que são básicas em qualquer padaria ou banca de jornal: sistematizar o controle do caixa, tabular as dívidas e cortar desperdícios. Koehler ficou estupefato ao tomar conhecimento de que o clube não dispunha de uma equipe própria de advogados, apesar dos mais de 400 milhões em dívidas, que pipocam nos tribunais. A cada jornada surgem mais percalços, e é preciso ter fôlego de atleta para encará-los. "Fico ao mesmo tempo no Vasco do passado, tratando da dívida, no do presente, buscando tornar o time competitivo e o clube superavitário, e no do futuro, tentando levar essa máquina a outro patamar de organização, tecnologia e gestão", resume o administrador ao dar a dimensão de seu desafio.

Com o país saudável economicamente e às vésperas de sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, o negócio futebol exibe por aqui números crescentes, que saltam aos olhos de qualquer financista. Segundo estimativa do consultor Amir Somoggi, especializado no assunto, o faturamento dos dez maiores clubes brasileiros nesta temporada deve ficar próximo de 3 bilhões de reais, quase quatro vezes mais que o verificado há uma década. A fase de bonança, no entanto, de nada serviu para equilibrar as contas das agremiações, cada vez mais no vermelho. De 2003 a 2011, esses mesmos clubes que viram sua receita crescer como nunca, paradoxalmente, acumularam um déficit de 1,1 bilhão de reais. No ranking dos maiores devedores despontam justamente Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco entre os cinco primeiros. Para virar esse jogo, a nova leva de executivos traz a esperança de uma gestão mais responsável e menos imediatista, subvertendo a máxima de que administrar um clube de futebol é um exercício diário de apagar incêndio. "Dívidas, toda empresa tem, não são o problema em si. O problema é que aqui na Gávea elas foram contraídas a juros muito altos, de curto prazo. Isso gera um custo elevadíssimo e acarreta penhoras, inviabilizando o clube", lamenta o presidente rubro-negro, Bandeira de Mello. "Em no máximo um ano, teremos tudo dentro de um cronograma de pagamento, sem surpresas como as que estão aparecendo todos os dias, e a máquina funcionará como uma empresa normal."

Além das armadilhas de ordem administrativa, outra arapuca está no caminho dos cartolas. Quem faz o alerta é o economista catalão Ferran Soriano, autor do livro A Bola Não Entra por Acaso, em que relata sua experiência como dirigente do Barcelona de 2003 a 2008, quando o clube iniciou seu grande salto financeiro e esportivo. "A gestão de um clube não é como a de uma empresa, pois os objetivos são outros. Mas muitas práticas empresariais são fundamentais, pois têm por meta garantir a eficiência dos processos e do uso do dinheiro", destaca Soriano, atualmente CEO do Manchester City, time inglês que é uma das potências mundiais. É verdade. Uma companhia exemplar é aquela que dá lucro. Em um clube, a equação envolve outro vetor, que são os títulos conquistados. Pouco adianta operar no positivo se no campo as vitórias não acontecem. Os clubes alemães são imbatíveis em termos de equilíbrio contábil, mas o modelo sempre citado pelos cartolas cariocas é o do Barcelona, que tem uma dívida de 300 milhões de euros mas fatura quase 500 milhões por ano. E, argumento irresistível, ganhou dois títulos mundiais nos últimos cinco anos. "Se o clube fosse uma empresa privada, os esportes olímpicos simplesmente seriam fechados para dar eficiência à operação, e mesmo o futebol teria um corte drástico de custos para poder se reerguer depois. Mas não podemos agir assim", afirma o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, empenhado em modernizar a gestão do Glorioso.

foto Marcelo Sadio/vasco.com.brLoja do Vasco em São Januário: o licenciamento de produtos, hoje feito de forma tímida, pode se tornar uma poderosa fonte de receita


Para manterem o equilíbrio entre despesa e arrecadação sem comprometer o investimento no futebol, os quatro cariocas seguem o mantra da diversificação de receitas. Enquanto nos principais clubes ingleses e espanhóis há um equilíbrio entre as três grandes fontes de renda — cota de TV, bilheteria e área comercial —, aqui o acordo com a televisão corresponde à maior fatia, chegando à metade do faturamento total do Flamengo no ano passado (veja o quadro acima). Entre as medidas para rechear o cofre, o Fluminense lançou o projeto sócio-torcedor, que já conta com mais de 7 000 adeptos. Na Gávea, os dirigentes empacotam ainda para este semestre um programa semelhante. Pesa contra a dupla Fla-Flu a falta de um estádio, patrimônio que virou uma valiosa fonte de dinheiro, como mostram os milionários clubes europeus e a não menos abastada Liga de Basquete Americana (NBA). Apesar de estar ainda longe de todo o seu potencial de exploração, o Botafogo fatura mais de 15 milhões de reais por ano com o Engenhão, entre publicidade, bilheteria, praça de alimentação, aluguel de camarotes e realização de eventos, como o show de Paul McCartney em 2011. De olho nesse filão, Cristiano Koehler pretende derrubar o complexo de São Januário para construir um estádio moderno no lugar. O pontapé inicial para uma nova era está dado. "É um alívio ver que os grandes do Rio estão finalmente no caminho certo", diz Fernando Gonçalves, sócio-diretor da Traffic, gigante do marketing esportivo no Brasil. Um caso raro em que os torcedores de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo têm motivo para comemorar juntos.

Cortar Custos sem mexer na qualidade
O que está sendo feito na Gávea, nas Laranjeiras, em General Severiano e São Januário dentro do choque de gestão prometido

Flamengo

Em pouco tempo, o grupo que assumiu a Gávea já fez uma reformulação administrativa do clube. Entre as novidades mais relevantes está a criação de uma vice-presidência específica para a negociação da dívida. Em nome da profissionalização, foram contratados diretores remunerados para as áreas de RH, marketing e jurídica. Tal qual numa empresa, os dirigentes estabeleceram metas para os funcionários, com remuneração variável conforme os objetivos alcançados. O presidente Eduardo Bandeira de Mello acena com a publicação de uma auditoria externa a cada três meses. Como a ordem é apertar o cinto, houve um corte de 20% na folha salarial do time, o que acarretou a perda do maior ídolo do Flamengo da temporada passada, o atacante Vágner Love, que retornou ao futebol russo.


Fluminense

Sócio de um escritório de advocacia, o presidente Peter Siemsen, no comando do tricolor desde o fim de 2010, tenta dar um choque de gestão nas Laranjeiras. Uma das medidas tomadas no seu mandato foi a separação contábil do departamento de futebol da área dos esportes olímpicos e da social. Eles pôs em curso o programa sócio-torcedor, que visa a fidelizar o aficionado que está sempre presente nas arquibancadas e explorar o potencial financeiro dessa paixão. Outra novidade foi a criação de um planejamento estratégico quinquenal, cujo objetivo é fugir do imediatismo que caracteriza as administrações dos clubes de futebol no país de maneira geral.


Vasco

O grande reforço anunciado neste começo de ano vai atuar nos bastidores. Contratado para exercer no clube a função de CEO (chief executive officer, o mais alto cargo executivo dentro de uma corporação), o administrador gaúcho Cristiano Koehler adotou como primeira medida a formação de uma equipe profissional para trabalhar em cinco áreas nevrálgicas de São Januário: jurídica, marketing, futebol, administração e planejamento e finanças. Sem dinheiro em caixa, ele planeja a criação de um fundo de investimento para a contratação de jogadores e a manutenção de jovens talentos das divisões de base.


Botafogo

Para evitar a penhora de receitas, um dos grandes tormentos dos clubes cariocas, a gestão atual deu origem à empresa Botafogo S.A., que cuida fundamentalmente da administração do Estádio João Havelange, o Engenhão. Em busca do equilíbrio financeiro, o presidente Maurício Assumpção cortou custos, sem, no entanto, mexer na folha de pagamento do futebol. À frente do Glorioso desde 2009, ele determinou que a renegociação da dívida, uma das maiores entre as agremiações brasileiras, fosse feita credor a credor. Implementou reformas na sede de General Severiano e no próprio complexo esportivo do Engenho de Dentro, por meio de parcerias, e criou uma associação encarregada de captar patrocinadores para os esportes olímpicos.

sábado, 2 de março de 2013

Red Bull New York



Para dar asas ao futebol nos Estados Unidos, a Red Bull promoveu uma ação no primeiro jogo do seu time New York Red Bulls na MLS.
Um paraquedista aterrissou no gramado instantes antes do início do jogo, para deixar a bola que seria usada na partida.
A ação, que não precisou de uma logística extremamente complexa, traduz diretamente o posicionamento do marca e serve como exemplo de uma ação impactante.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Artista retrata grandes nomes da história do futebol mundial


O designer e ilustrador Daniel Nyari retratou 25 grandes jogadores do futebol. Nomes como Zidane, Messi, Sócrates, Gullit, Valderrama, Zico, Baggio, foram retratados com maestria pelo profissional.

A série “Playmakers” celebra algumas das lendas da história do futebol mundial.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O fim da sede


marca esporte gatorade filme vídeo campanha
A marca Gatorade conseguiu contar sua história em um curto e simpático vídeo lançado recentemente. Em 1965, enquanto jogadores de futebol americano da Universidade da Flórida sofriam com as altas temperaturas durante os jogos, pesquisadores da faculdade desenvolviam uma bebida que repusesse os sais minerais perdidos em atividades físicas intensas.
Um detalhe para a história é a provável origem do seu nome. O time universitário local chama-se Florida Gators e a bebida desenvolvida pelos pesquisadores tinha o objetivo de ajudar os atletas (aid). Gator + Aid.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Manchester United fecha com marca japonesa de tintas


O Manchester United segue fortalecendo sua imagem em território asiático. Após fechar com a Wahaha, para refrigerente oficial na China, o clube acertou com a Kansai, marca japonesa de tintas.
Fundada em 1918, a Kansai é líder do mercado que atua no Japão e na África. Pelo acordo, a marca se torna a tinta oficial do Manchester United pelos próximos três anos.
O meia japonês Kagawa foi um dos representantes do clube no evento de lançamento da parceria.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ativação em preto e branco: o início da internacionalização da marca Corinthians


NEGÓCIO ESPORTE

Dados, análises e opiniões sobre o mundo dos negócios esportivos

Enfim a marca Corinthians começa ser reconhecida mundialmente. Aproveitando a participação do clube no Mundial da Fifa em terras nipônicas e de contrato renovado com a Nike – clique aqui para ler, como publicado no blog Mkt Esportivo - , ações em parceria estão sendo feitas mundo afora.
corinthians_invade_a_terra_da_rainha_wb
A começar pelo outdoor exposto nos arredores de Stamford Bridge, estádio do Chelsea, em Londres: o anúncio “provocativo” traz os dizeres “The almighty” – O todo-poderoso, em inglês – seguido de “Aqui é Corinthians”, em português, não deixando a brasilidade de lado. Naturalmente, a estratégia da Nike prevê, além de atingir o maior rival do time alvinegro no Mundial, também atingir sua principal concorrente Adidas, patrocinadora do clube londrino. Essa ação se repete durante essa semana no Japão: um caminhão com os mesmos dizeres  segue a delegação alvinegra durante sua caminhada no Oriente, interagindo e principalmente apresentando o time aos japoneses. E a Nike não parou por aí: foi veiculado um anúncio no Japão trazendo a foto do jogador Alessandro e o texto em japonês 彼らはどんな熱狂をスタジアムにもたらすのか。que significa “Eles trazem o entusiasmo para qualquer estádio”.
Anúncio da Nike no Japão
Durante o fim de semana, a empresa investiu também em banners colocados em sites de países como Egito, Coreia do Sul, México, Japão e Reino Unido. Nesta verdadeira “apresentação” ao mundo – em cada idioma local -, o Corinthians é descrito com frases do tipo “Nossa grandeza não está em títulos”, “Lutamos, choramos, caímos e levantamos” e “Temos mais cicatrizes do que troféus”, expondo o conceito – bem conhecido por aqui – de que o sofrimento é parte da vida dos corinthianos.
Outra ação que virou febre entre os adeptos do time é a campanha “Epidemia Corinthiana”, criada em parceria com a agência F/Nazca, que retrata a invasão da doença  “Locospirose” ao redor do mundo. Na primeira peça divulgada, um filme mostra um desesperado cidadão japonês, preocupado e desesperado com a difusão do “vírus Locus Bandus”. A febre tem direito também a manifesto próprio e mapa dos “contaminados”, disponíveis no site da campanha.
A campanha prevê ainda a venda de produtos no Japão em lojas temporárias do time em Nagoya, Yokohama e Tóquio. Os estoques desses produtos, segundo informações do próprio clube, já estão esgotados por lá.
E não é somente no Japão que tem-se alusões ao Mundial por parte do clube. Foram lançadas camisas especiais com os nomes dos jogadores escritos em japonês, produtos com grande aceitação do público. A Nike também irá reforçar a exposição de produtos do time em suas lojas fora do Brasil.
Pode ser um começo, mas está claro que de uma vez por todas ativar e criar ações relevantes serão as passagens de entrada para a marca do clube ser conhecida mundialmente e assim, enfim, transpor as barreiras comerciais fora das quatro linhas.