sábado, 28 de setembro de 2013




Praticantes acreditam que o esporte tende a se popularizar com a volta aos Jogos após mais de 100 anos
Depois de mais de 100 anos fora do programa olímpico, o golfe volta a fazer parte da maior competição esportiva do mundo nos jogos do Rio em 2016. A quantidade de países que disputarão a medalha de ouro, cerca de 30, reflete o processo de globalização pelo qual o esporte passou desde as Olimpíadas de Paris, em 1900, e St. Louis, em 1904. Nas duas únicas ocasiões, apenas americanos e canadenses participaram dos jogos na modalidade, fato que fez com que o golfe fosse esquecido das competições seguintes.

Um dos possíveis reflexos da volta do esporte aos jogos olímpicos é o aumento no número de praticantes. É o que espera o capitão do Londrina Golf Club, Hélio Shibukawa. Segundo ele, apesar de o golfe ainda ser visto como um esporte elitista, o investimento inicial para os aprendizes é considerado pequeno. Durante os dois primeiros anos os custos são subsidiados. Temos professores, tacos, todos os equipamentos. Para jogar só precisa ter vontade. Se fosse um esporte de elite, eu certamente não iria jogar , afirma, rindo.

O empresário norte-americano radicado em Londrina Clay Hamlin tem 43 anos e pratica o esporte há 18 anos. Ele comanda um escritório especializado em treinamento financeiro, e decidiu jogar golfe como uma distração. Os treinos se intensificaram nos últimos três anos, com práticas diárias por pelo menos cinco vezes na semana. Ritmo de profissional? Longe disso, garante. Sou um amador que treina duro, apenas isso , diz Hamlin.

Meta

Os treinamentos, porém, já garantem o empresário no topo do ranking da Federação Paranaense e Catarinense de golfe. Entre as conquistas deste ano estão o pentacampeonato consecutivo no Open Royal Residence e o título no Aberto de Golfe do Norte do Paraná. Modesto, ele afirma que os títulos são fruto do treinamento árduo e da dedicação. Ainda estou muito longe de me considerar profissional. Tenho como objetivo jogar no PGA Seniors [liga americana para golfistas acima de 50 anos] assim que tiver idade. Por enquanto, estou apenas aproveitando essa característica do golfe. Diferente de esportes como basquete ou futebol, no golfe mesmo quem não é profissional consegue fazer boas partidas .

Sobre uma possível popularização do golfe no Brasil a partir das Olimpíadas do Rio de Janeiro, Hamlin se diz otimista. Muita gente não conhece o golfe, acredita que é apenas um esporte de elite, caro e impossível de praticar. Faltam campos públicos no Brasil, é verdade. Mas é um jogo muito gostoso, apaixonante e que tem potencial no país . A maior vantagem, aponta, é o aumento na capacidade de raciocínio e de poder de decisão. O golfe dá muita preparação mental, já que o golfista compete contra ele mesmo. Ninguém pode te ajudar ou te atrapalhar, é você contra você , define.

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