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domingo, 2 de abril de 2017

Que várzea! Time francês tem que comprar uniformes de emergência antes de partida e joga com camisas genéricas


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A Ligue 1, primeira divisão da França, viu cenas de várzea neste sábado.



Delort Comemora Gol Toulouse Montpellier Campeonato Frances 02/04/2017
Delort comemora o gol da vitória: Toulouse atuou com camisas genéricas brancas da Nike




Antes de Montpellier x Toulouse, a equipe visitante foi avisada que não poderia entrar em campo com a opção de uniforme que levou para o duelo, já que ele era muito parecido com a camisa dos mandantes. Como o Montpellier se recusou a atuar com indumentária de visitante em sua própria casa, o Toulouse teve que correr e improvisar para não perder por WO e se complicar na tabela do Campeonato Francês.
Por sorte, os dirigentes encontraram uma loja de material esportivo nas cercanias do Stade de la Mosson, e compraram um conjunto de camisas genéricas brancas da Nike para os jogadores, mais duas peças laranjas para os goleiros - vale lembrar que o Toulouse é patrocinado pela espanhola Joma, e joga normalmente de violeta ou de cor de rosa
SYLVAIN THOMAS/AFP/GETTY IMAGES
Toulouse Comemora Gol Montpellier Campeonato Frances 02/04/2017
Toulouse jogou de camisas brancas da Nike
E para ressaltar ainda mais a sorte, a loja possuía os equipamentos para estampar números e patches da Ligue 1, sem os quais os times não podem entrar em campo. Assim, o Toulouse pode jogar normalmente, mesmo usando um uniforme sem qualquer ligação com suas tradições e sem escudo.
Em campo, porém, a camisa genérica deu sorte: vitória por 1 a 0 dos visitantes, que subiram para o 10º lugar na tabela. O Montpellier está em 15º.

domingo, 12 de março de 2017

Maior patrocinador ameaça romper se Boa Esporte não desistir de Bruno

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Grupo Goís & Silva agenda reunião para esta segunda-feira e publica manifesto em redes sociais. Previsão é de que o goleiro seja apresentado na próxima terça

 

Por Varginha, MG Grupo Góis & Silva pode romper com Boa Esporte após contratação do goleiro Bruno (Foto: Divulgação Grupo Góis & Silva) 

O Boa Esporte pode perder seu patrocinador master caso a contratação do goleiro Bruno, anunciada na última sexta-feira (10), vá adiante. A informação foi confirmada pelo Grupo Góis & Silva em nota oficial na tarde deste domingo (12). O contrato entre as partes teria duração de mais três anos.
No comunicado, o grupo diz repudiar toda forma de violência, "independente de classe social, gênero, faixa etária, cor da pele, orientação sexual, religião etc". Ainda segundo o Góis & Silva, uma reunião deve ser realizada na tarde desta segunda-feira (13), quando o goleiro deve chegar a Varginha, para "requerer à diretoria do clube rever sua decisão de contratação do Goleiro Bruno". 
Bruno Fernandes; goleiro boa esporte (Foto: Lúcio Adolfo)Bruno deve ser apresentado na terça-feira pelo Boa Esporte (Foto: Lúcio Adolfo)
Saída de patrocinador
Mais cedo, um patrocinador já havia rompido contrato com o Boa Esporte. O anúncio da Nutrends Nutrition – empresa de suplementos nutricionais – foi feito em uma rede social na noite deste sábado (11). No comunicado, a empresa diz que a partir de uma 'reunião extraordinária, a Diretoria da Nutrends® Nutrition decidiu que, a partir de hoje, a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube'.
Depois da publicação informando o fim da parceria, vários seguidores da empresa parabenizaram a atitude tomada. Em resposta a alguns comentários, a empresa diz que 'só para esclarecer, não nos pronunciamos antes porque recebemos a notícia no fim da tarde de sexta-feira. A direção não estava reunida e não tínhamos como publicar algo'.
Além da Nutrends, a Cardiocenter Varginha, que presta serviços de avaliações médicas dos jogadores do Boa Esporte também se pronunciou. A empresa publicou um comunicado em sua página oficial no Facebook dizendo ter pedido para que a marca fosse retirada do site oficial do clube.
Cardiocenter pede para ter logo retirada do site do Boa Esporte (Foto: Reprodução Facebook)Cardiocenter pede para ter logo retirada do site do Boa Esporte (Foto: Reprodução Facebook)

Site hackeadoApós o anúncio da contratação do goleiro Bruno na última sexta-feira (10), o site oficial do Boa Esporte Clube foi hackeado no início da tarde deste domingo (12). A página inicial, que trazia informações sobre o clube e os últimos jogos no Campeonato Mineiro, foi substituída por um texto com dados sobre feminicídio e questionamentos sobre a associação de empresas com o jogador.
Momentos depois, o Boa Esporte retirou a mensagem do ar, deixando somente uma página em branco.
Página oficial do Boa Esporte foi hackeada após anúncio do goleiro Bruno (Foto: Reprodução site Boa Esporte)Página oficial do Boa Esporte foi hackeada após anúncio do goleiro Bruno (Foto: Reprodução site Boa Esporte)

Outro lado
Em nota oficial publicada no início da tarde deste domingo (12) e assinada pelo presidente do clube, Rone Moraes da Costa, o Boa Esporte afirma que "não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar".  
No documento, o presidente diz ainda que "o tão procurado estado democrático de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo critérios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter atenção do estado, atenção suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ninguém pode negar que não existe vida em sociedade mais digna [do que a] vida no trabalho". 
Goleiro Bruno Fernandes se reúne com a diretoria do Boa Esporte (Foto: Reprodução / Redes Sociais)Goleiro Bruno Fernandes se reúne com a diretoria do Boa Esporte (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Confira a nota da diretoria do Boa Esporte na íntegra:
O que dizer da contratação do atleta Bruno?
O Boa Esporte clube. Equipe de futebol profissional em minas gerais, clube reconhecido nacionalmente, sendo campeão Brasileiro da Série C.
Convive nos últimos dias com uma avalanche de comentários nas redes sociais após noticia da contratação do atleta Bruno.
A cidade de Varginha que é conhecida pela possível aparição de um extraterrestre (ET) convive com a notícia da contratação do atleta Bruno.
A regra legal brasileira é a que todos, inclusive os criminosos mais perigosos, sejam submetidos a um julgamento honesto, imparcial e que a lei seja o fundamento da punição. Por sua vez, quando pensamos na aplicação da lei, certo ou não, suficiente o bastante ou não, justa o suficiente para o caso ou não, o que não podemos deixar de entender é determinado pelo cumprimento da lei. As consequências do erro humano possuem fundamentos de pena corporal. A lei dos homens indica a aplicação de penas variáveis de acordo de uma série de crenças, costumes e ideologias.
No Brasil os criminosos serão apenados com a prisão e, via de regras, colocados em liberdade, deve ser orientado, acompanhado e, não menos, pelo caminho de Deus.
Com certeza um dos motivos da evolução da pena que ela não seja transferida para outras pessoas, que seja pessoal, que não seja definida pela lei do Talião (olho por olho, dente por dente).
O tão procurado estado democrático de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo critérios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter atenção do estado, atenção suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ninguém pode negar que não existe vida em sociedade mais digna vida no trabalho. Quem nunca ouviu: o trabalho dignifica o homem? Então o argumento seria asqueroso, nojento ou imoral (a contratação do atleta Bruno), antes de mais nada, legalmente, faz parte da obrigação social da empresa, da sociedade em cooperar com a recuperação de um ser humano. Aqui não se condena a morte ou prisão perpetua. Enquanto isso não refletir a regra legal, a regra é que o egresso, o criminoso colocado em liberdade, possa obter meios de viver em sociedade, trabalhando e procurando dignidade em sua vida.
Onde estaria a contribuição de uma empresa esportiva quando cumpre a lei?  Diante desses argumentos podemos afirmar que o Boa Esporte Clube não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar. 
O Boa Esporte Clube não esta cometendo nenhum crime conforme a legislação Brasileira e perante a lei de Deus. 
Boa Esporte Clube.
Rone Moraes da Costa
Presidente

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ética no esporte

Em uma corrida de Cross-country, o queniano Abel Muttai estava a poucos metros da linha de chegada, quando se confundiu com a sinalização, pensando que já havia completado a prova. Logo atrás vinha o espanhol Iván Anaya, que vendo a situação começou a gritar para que o queniano ficasse atento, mas Muttai não entendia o que o colega dizia. O espanhol, então, o empurrou em direção à vitória. Um jornalista perguntou então a Iván: - Por que o senhor fez isso? - Isso o quê? Ele não havia entendido a pergunta - e o meu sonho é que um dia possamos ter um tipo de vida comunitária em que a pergunta feita pelo jornalista não seja mesmo entendida -, pois não pensou que houvesse outra coisa a ser feita que não aquilo que ele fez. - Por que o senhor deixou o queniano ganhar? - Eu não o deixei ganhar, ele ia ganhar. - Mas o senhor podia ter ganho. - Mas qual seria o mérito da minha vitória? Qual seria a honra dessa medalha? O que minha mãe iria achar disso?
Mário Sérgio Cortella em "Ética e vergonha na cara".