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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Com Jogos Olímpicos, Reino Unido cresce 1%



Resultado trimestral foi o melhor em cinco anos e tirou o país da recessão
LONDRES Os gastos com as Olimpíadas alimentaram o maior crescimento trimestral da economia britânica em cinco anos, tirando o país da recessão no terceiro trimestre. O Escritório Nacional de Estatísticas informou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) cresceu 1% entre julho e setembro em relação ao trimestre anterior, superando projeções de 0,6%. No segundo trimestre, o PIB britânico havia encolhido 0,4%.
O anúncio foi um alívio para o governo do premier David Cameron, acusado de favorecer a austeridade em detrimento do crescimento. Mas o país não está fora de perigo. O Reino Unido ainda não se recuperou das perdas do auge da crise, em 2008 e 2009, tem seu maior parceiro comercial - a zona do euro - caminhando para a recessão e, na economia global, países que puxam o crescimento mundial, como a China, estão desacelerando.
Cameron disse que o retorno ao crescimento é resultado das políticas de seu governo:
- Ainda há muito a ser feito, uma longa estrada pela frente. Mas temos a estratégia certa e vamos nos ater a ela.
Muitos economistas afirmam, no entanto, que uma recuperação sustentável ainda está distante. Ed Balls, líder da oposição responsável por assuntos econômicos, defendeu que o governo não pode "descansar sobre os louros e cruzar os dedos na esperança de que tudo vá ficar bem".
Segundo o escritório, para o bom resultado pesaram fatores pontuais, como a venda de bilhetes para as Olimpíadas, que teria respondido por um quinto do crescimento. Há três semestres consecutivos o país tinha contração do PIB.
Economistas também calculam que meio ponto percentual do crescimento do PIB se deve à recuperação da produção após o feriado que celebrou os 60 anos da Rainha Elizabeth no trono, em junho. Segundo o escritório, a economia britânica cresceu 0,3% nos nove primeiros meses do ano.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Marketing é o senhor dos anéis de US$ 4,871 bilhões


Receita do COI no último ciclo mostra a força de uma marca que só perde para a Apple

Claudio Nogueira

csn@oglobo.com.br

Iúri Totti

iuri@oglobo.com.br


LONDRES Os Jogos são um sucesso além de campos e quadras. No mundo dos negócios, as Olimpíadas estão no pódio das marcas mais valorizadas do mundo. De acordo com o Guia para a Mídia do Comitê Olímpico Internacional, entre 2009 e 2012, o marketing esportivo rendeu à entidade US$ 3,914 bilhões em direitos de transmissão de rádio, TV e internet, e mais US$ 957 milhões em recursos pagos por patrocinadores (em média US$ 87 milhões para cada), totalizando US$ 4,871 bilhões.

De acordo com a Brand Finance, consultoria especializada em marcas, as Olimpíadas têm um valor de mercado de aproximadamente US$ 47,6 bilhões - 134 vezes maior que o Banco Nacional da Grécia, em Atenas, onde os Jogos começaram, em 1896 -, perdendo apenas para a Apple, considerada a mais valiosa do mundo, com US$ 70,6 bilhões.

Segundo Roger Yin, CEO da Honav UK Ltd, subsidiária britânica de uma companhia chinesa detentora dos direitos de fabricação de produtos licenciados, os Jogos têm lucratividade garantida.

- As Olimpíadas são um dos mais bem-sucedidos negócios do mundo - afirmou, ao "China Daily", o empresário, que já pensa nos Jogos do Rio-2016. - Faltam 1.457 dias e temos de fazer o melhor.

Atualmente, 11 empresas estão entre os patrocinadores masters: Coca-Cola, General Electric, Procter&Gamble, Acer, McDonald's, Samsung, Atos, Omega, Visa, Dow Chemical e Panasonic.

Noventa por cento desses parceiros renovam seus contratos com o COI anualmente. A Coca-Cola, por exemplo, está nos Jogos desde a edição de Amsterdam-1928. No período de 1993 a 1996, entre Barcelona-1992 e Atlanta-1996, o marketing do COI movimentava US$ 2,6 bilhões, sendo US$ 1.251 bilhão em direitos de transmissão. Em Pequim-2008, esses valores subiram para US$ 5,450 bilhões, sendo US$ 2,570 bilhões em direitos de transmissão.

- O símbolo olímpico está presente todos os dias ao redor do planeta por meio dos comitês nacionais e de numerosas associações. Ele cresceu para se tornar uma das marcas mais reconhecidas do mundo, servindo como um verdadeiro embaixador visual do Movimento Olímpico - disse o presidente do COI, Jacques Rogge.

Os Jogos de Londres têm uma audiência de TV potencial de 4,8 bilhões de pessoas, ao longo de 5,6 mil horas de transmissão, chegando a mais de 200 países e territórios. Pela primeira vez, as Olimpíadas têm transmissão em HD e 3D.

- Essa produção das primeiras Olimpíadas em 3D ao vivo farão de Londres-2012 um dos fatos mais significativos na história da tecnologia de transmissão - disse Manolo Romero, CEO da Olympic Broadcasting Services, responsável pela geração das imagens.

Um exemplo da lucratividade do megaevento é a Samsung, indústria de eletrônicos que era pouco conhecida fora da Coreia do Sul, até associar-se ao COI, em 1997. Mesmo em meio à crise que assolou a Ásia na época, a companhia resolveu encarar o desafio.

- Foi uma decisão difícil, mas acertada - conta Sunny Hwang, diretor de marketing esportivo da Samsung ,ao "China Daily". - Nossa marca vale hoje US$ 25 bilhões, cinco vezes mais do que em 2000. O marketing esportivo teve um papel significativo nisto.

Nem só os patrocinadores masters do COI estão satisfeitos. Há também um cartel de patrocinadores, parceiros e fornecedores desta edição, como Adidas, BMW, British Airways, British Telecom. A primeira investiu cerca de US$ 156 milhões para elevar seus lucros e tentar reduzir a diferença que a separa da líder do mercado, a Nike. Além de produzir todo o material do evento, a empresa mantém contratos com grandes atletas como o jamaicano Yohan Blake, prata nos 100m e 200m, e o americano Tyson Gay.

De acordo com analistas ouvidos pelo "The Wall Street Journal", a Adidas deverá ter um lucro de US$ 201 milhões neste segundo semestre, numa elevação de 18% em relação a igual período no ano passado. E as vendas registraram um aumento de 15% neste ano, alcançando US$ 5,2 bilhões.

Se a Adidas tem viés de alta, por patrocinar a seleção espanhola e a equipe campeã da Volta da França, as rivais Nike e Puma já anunciaram recentemente que os negócios andam em ritmo mais lento nos últimos meses.
Jornal: O GLOBOAutor:  
Editoria: EsportesTamanho: 736 palavras
Edição: 1Página: 6
Coluna:Seção:
Caderno: Esportes

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Regras do COI para patrocínios pessoais provocam dúvidas

Esporte

Apesar de restrições da Carta Olímpica, atletas expõem marcas que os apoiam nos pulsos e nas redes sociais

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A cada edição dos Jogos se repetem ameaças de que marketing pirata por parte de atletas será punido com sanções. Mas cada vez se torna mais duvidoso o que de fato representa quebra das regras de propaganda olímpica.

Um exemplo é o caso do corredor jamaicano Yohan Blake. Medalha de prata nos 100 m rasos e finalista dos 200 m, ele correu com relógio da marca Richard Mille.

"Não sabia. Vamos olhar isso", afirmou o porta-voz do COI (Comitê Olímpico Internacional), Mark Adams.

O que o comitê terá de averiguar é se o uso do relógio representa desrespeito à regra 40 da Carta Olímpica.

O seu texto proíbe que os atletas façam propagandas do dia 18 de julho até o dia 15 de agosto, período
superior ao dos Jogos de Londres.

Punições a esportistas infratores podem ser multa ou a eliminação dos Jogos. Mas isso está longe de ocorrer.

Até porque há diferentes interpretações para as regras.

Um manual de 20 páginas foi feito para tentar clarificá- -la, mas ainda deixa margem para leituras diversas.

Por exemplo, no caso do jamaicano, ele pode usar peças de fabricantes de roupas esportivas nas provas, mas outras empresas não podem explorar os eventos. Assim, não fica claro em que caso Blake pode ter quebrado as regras.

A controvérsia cresce na internet. É permitido o uso de imagens do atleta no contexto da página corporativa de seu patrocinador. Mas não se pode associar sua imagem ao desempenho olímpico.

O Twitter de Neymar, por exemplo, tem a marca de seus patrocinadores -outros atletas top retiraram-na durante a Olimpíada. Patrocinadores da seleção brasileira também têm utilizado fotos do time de Mano Menezes nos Jogos.

Questionado sobre se isso seria infringir a regra 40, o COI limitou-se a repetir o discurso de que não ferir o regulamento é importante para o financiamento dos Jogos, feito por seus patrocinadores. Mas deixou claro que não havia motivo para fazer nada.

Disse que apenas o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) poderia se pronunciar sobre os atletas do país.
O comitê nacional não vê problemas na página do jogador nem em propagandas no Brasil, desde que não associados a marcas olímpicas.

No Reino Unido, no entanto, estão proibidas atividades de propaganda dos atletas.

No entanto, o Twitter de LeBron James, maior astro do basquete dos Estados Unidos, traz fotos de um evento da Nike, seu patrocinador pessoal, que o ala participou em Londres. A marca é rival da Adidas, parceira do COI.

Eventos desse tipo são proibidos durante a Olimpíada. Mas a Nike é uma empresa de material esportivo. Resta então mais uma dúvida.

"Estou indo para o evento de um dos meus patrocinadores. Acho que posso falar dele, a regra número 40 é tão confusa", afirmou a corredora norte-americana Sany Richards-Ross, campeã dos 400 m rasos, que tem participado de protestos contra o regulamento dos Jogos.

sábado, 4 de agosto de 2012

Ditadura do marketing nos Jogos Olímpicos de Londres



'Policiais' monitoram toda propaganda no entorno do torneio; batata frita, só do McDonald's

04 de agosto de 2012
  • LONDRES - Nas sofisticadas salas de estar de Wimbledon, os sócios do lendário clube de tênis estão irritados. Sua associação foi tomada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e por seus patrocinadores que transformaram os luxuosos restaurantes do local em pontos de venda de fast-food. Do outro lado da cidade, numa das ruas que dá acesso ao estádio de Wembley, uma padaria mantida por uma família portuguesa foi multada em R$ 90 mil por ter usado símbolos olímpicos em sua vitrine.







Dos locais da mais alta aristocracia de Londres às ruas de operários e imigrantes, os superpoderes do COI e de seus patrocinadores são mais que visíveis e temidos. Londres, desde o início do evento, se transformou em uma cidade sitiada pelas empresas que bancam os Jogos e, segundo especialistas em marketing, nunca o controle do uso de marcas foi tão rigoroso como neste ano. A constatação é de que os poderes do COI, que serão repetidos nos Jogos do Rio, em 2016, são totais.
Enquanto atletas competem em ginásios e estádios, a realidade pelas ruas é bem diferente. O COI e a Autoridade Olímpica britânica enviaram centenas de fiscais pelo país para garantir que apenas os patrocinadores oficiais estão usando a marca olímpica. Trezentos monitores, que começam a ser chamados de "polícia religiosa" das multinacionais, têm o direito e o poder de entrar em lojas e restaurantes, aplicando multas em nome dos interesses de Adidas, McDonald's, Coca-Cola e BP.
As regras são claras: empresas que não são patrocinadoras não podem colocar em suas vitrines palavras como "Jogos Olímpicos" ou "Olimpíada". A lista de palavras proibidas também inclui "ouro", "prata", "bronze", "verão" e até "Londres".
No total, 800 lojas de alimentos no perímetro dos locais de competição foram impedidas de vender batatas fritas, uma exigência de um dos patrocinadores: McDonald's.
Jorge Almeida, dono de uma padaria, também sentiu na pele a ação da "polícia". "Vieram me dizer que eu teria de remover os anéis olímpicos de minha vitrine", conta. "Me deram dois dias, ameaçando voltar e aplicar a multa. Troquei por pães, no formato dos aros olímpicos. Mesmo assim, vieram e me disseram que isso também era ilegal. Deram a multa, mas não sei se vou pagá-la." O que Almeida não sabe é que os fiscais que o visitaram tem mandato da Justiça para fazer a ação. O pagamento não é opcional.
Marina Palomba, da agência de publicidade McCann Worldgroup, disse que a lei de marketing aprovada para os Jogos é "a mais draconiana já estabelecida em um evento".
Os atletas também se queixam. Há uma semana, um grupo de esportistas americanos lançaram uma ofensiva para pedir que o COI modificasse suas regras em relação aos patrocinadores. Aqueles que não usam os produtos dos patrocinadores oficiais dos Jogos são proibidos de usar os nomes das empresas que os apoiam.
Proteção. O COI se defende e alega que controla a imagem divulgada justamente para proteger o esporte. Segundo a entidade, é justamente a proteção dos patrocinadores que garantiu a sobrevivência dos Jogos, ameaçados há poucas décadas por falta de interesse comercial. Para a Olimpíada de Londres, a entidade fechou contratos de 1,4 bilhão de libras esterlinas com 11 multinacionais e conseguiu evitar até mesmo a crise financeira internacional. Apenas elas têm o direito de usar os símbolos e as palavras olímpicas.
A relação de troca é simples: pelo dinheiro que dão ao COI, as empresas exigem um verdadeiro monopólio sobre a cidade-sede. Jogadores que não usam tênis Adidas terão de mudar de roupa para subir no pódio. A tenista russa Maria Sharapova é uma das que se queixa das exigências de marcas do COI. "Fomos obrigados a modificar até as sacolas que usamos para levar as raquetes", contou. "Os bonés precisam ser transformados para que os símbolos das empresas não fiquem na testa, e sim de lado. "O controle é mesmo rígido", completou.
A tenista americana Serena Williams é outra que confirma a pressão do COI. "Isso é mesmo algo muito complicado", disse. Em Wimbledon, os tradicionais uniformes brancos dos jogadores foram trocados por uniformes coloridos - uma verdadeira heresia no clube, mas respeitando o interesse do patrocinador. Nas lojas, nada pode ser vendido sem a autorização das empresas. Nas lanchonetes, a mesma situação.
Depois de muita polêmica, os sócios do clube mais tradicional de tênis do mundo conseguiram manter pelo menos uma de suas tradições: a venda de morangos com champanhe. Mas não sem muito protesto por parte das empresas patrocinadoras de bebidas.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Nike wins race for Rio 2016 Olympics sponsorship deal




Nike has won the bidding competition to become an official tier-three partner in the sporting goods category for the Rio 2016 Olympics as part of a deal that will also include the provision of kit to the Brazilian team at the London 2012 Games.
Sports Marketing Frontiers, a sister publication of SportBusiness International, has learnt from a high-level source within a rival sporting goods company in Brazil that Nike won the tender which has yet to be announced by the Brazilian Olympic Committee.
The decision was made in January after bids were invited last year. Despite the imminence of London 2012, the contract has yet to be signed since the parties have still to finalise the kit and equipment requirements. According to the International Olympic Committee (IOC) the official announcement can only be made when contracts are signed.
The segment of the deal relating to Rio 2016 will be valued well below some of the tier-one partnerships already signed by Rio 2016 for two reasons. Firstly, national sporting federations within Brazil will still be free to make their own deals for Olympic training and competition uniforms even though Nike, as the official partner, will hold the travel and podium uniform rights for the entire team. This already happens in Brazil, with Nike, for example, outfitting the Olympic athletics, football and basketball teams and national brand Olympikus kitting out the volleyball teams. Under this system, Adidas was the Brazilian Olympic Committee's podium uniform provider from 2000.
Secondly, the Rio 2016 partnership does not include rights to the workforce and volunteer uniforms, which will be put out for a separate tender. Nike will join Bradesco, Bradesco Seguros, Claro, Embratel and Nissan in the tier-one category for Rio 2016.