sábado, 11 de março de 2017

Visibilidade, reputação de marca e a contratação de Bruno pelo Boa Esporte

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Sob o ponto de vista corporativo, analisamos como a contratação do goleiro Bruno afetará a confiança e credibilidade do clube e patrocinadores

11 MAR, 2017 ESCRITO POR MKT ESPORTIVO


Por Eduardo Esteves


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Sétima rodada do Campeonato Brasileiro de 2010, Flamengo 1 x 2 Goiás no dia 05/06/2010, última partida oficial de Bruno. Sete anos desde a última vez que o goleiro entrou em campo, treinou como um atleta profissional e se dedicava ao seu ofício. Sua contratação, motivada por uma liberação do STF após sete anos encarcerado, me fez pensar sobre um ativo muito valioso de uma empresa (que é como um clube deve ser visto hoje): sua reputação.

A reputação é a forma que consumidores (torcedores) enxergam e interpretam os valores transmitidos por uma marca ou empresa (clube). Mais do que ATRAIR, já que torcedor é naturalmente atraído quando se trata do seu clube do coração, ela atua de maneira estratégica para MANTER uma boa imagem, credibilidade e confiança. Portanto, reputação é um pilar trabalhado com objetivos de longo prazo.

Campeão da Série C em 2016, o Boa Esporte Clube nasceu em 1947 e se tornou profissional somente em 1998, ainda como Ituiutaba. Ao longo dos últimos anos, a equipe hoje de Varginha ganhou relativo espaço na mídia por contratar jogadores experientes, como Marcelinho Paraíba e Alex Silva. Porém, dentro de campo, sempre alternou entre a série B e C do futebol brasileiro.

Sua reputação, portanto, ainda estava sendo construída. E agora, como ficará sua credibilidade? E os valores transmitidos ao mercado? Vale ficar marcado para sempre como o clube que contratou um jogador ainda em dívida com a justiça em um caso de assassinato que comoveu o país? E um possível acesso em 2018?
Voltando ao Bruno, na reunião entre os dirigentes, advogado, empresário e o atleta, imagino que a pergunta “Já imaginou a visibilidade que o clube terá com a cobertura de treinos e jogos?” foi dita por um dos presentes. E, para chamar atenção, esta ilusão foi comprada por dois anos. Ilusão esta de que a exposição será positiva, afinal, estará sempre atrelada a uma pessoa condenada e execrada pela opinião pública.
No termômetro de todo e qualquer acontecimento mundial, as redes sociais, choveram ofensas e críticas ao clube e seus patrocinadores. O anúncio alcançou o trend topics no Brasil.



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Sou CONTRA a contratação do Boa Esporte ao goleiro Bruno. Suja a imagem da instituição Boa Esporte Clube.
Os patrocinadores do Boa Esporte poderiam cancelar o contrato com eles.
Ridículos.
Nem preciso falar em boicote aos patrocinadores deste tal Boa Esporte,certo? No mínimo são simpatizantes de assassinos impunes. Alô Varginha
Sobre suas parceiras, vale um destaque. Claro que estas empresas conseguirão uma visibilidade que jamais pensariam obter com o Boa. Mas será que elas têm noção de que crise de imagem afeta diretamente suas reputações? Ou que um posicionamento rápido é essencial para preservá-las? Surpreendentemente, para uma em especial, sim!

Impactada diretamente pela contratação a partir dos comentários em sua fan page, a Nutrends se posicionou. Indagada por seus seguidores sobre o patrocínio (marca exposta no ombro), respondeu: A empresa Nutrends é somente patrocinadora do time e não participa do processo de contratação. Pra nós foi também uma surpresa e ainda não foi definido uma posição sobre esse assunto.

Ter orientação voltada ao público é a chave do sucesso. No mercado corporativo, o consumidor tem influência direta na tomada de decisão da empresa, seja para um novo serviço, produto, identidade ou reposicionamento. A quebra da confiança é um passo para o fracasso. Ao menos a Nutrends agiu rápido, se posicionou e deve definir o futuro em breve. E a Kanxa, tão tradicional no cenário boleiro do Brasil?

Todo ser humano merece uma segunda chance na sociedade desde que sua dívida com a justiça, se houver, esteja paga. Bruno deixou a cadeia após sete anos a partir de uma sentença originalmente decretada em vinte dois. Ou seja: o processo e sua pena seguem em andamento. No fim, a cultura da exposição e “oba oba” prevaleceram. Neste caso, a máxima (personalizada) “falem mal ou falem mal, mas falem de mim” caberá no Boa Esporte daqui em diante.

Como emissoras tratarão o tema? Bruno será convidado para programas e seguirá com a imagem na mídia, agora, como de um jogador profissional? Se a justiça determina seu retorno ao presídio, será um papelão comercial ainda maior do Boa Esporte. Aguardemos…

Contribuição de Matheus Melgaço

quarta-feira, 8 de março de 2017

Estádio para todas

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Adidas e Flamengo lançam camisa especial para o Dia Internacional da Mulher

Em 08/03/2017 às 11h52



Em homenagem ao mês das mulheres, à paixão delas pelo futebol e para incentivar cada vez mais a presença feminina nos estádios, a adidas e o Flamengo lançam uma edição limitada e especial de camisas femininas. 

"Essa camisa não é apenas uma homenagem às mulheres rubro-negras, mas uma forma de pedir mais respeito – nos estádios, dentro de casa, nas ruas, nas empresas, escolas e em todo lugar. O Flamengo tem a maior torcida do Brasil e a maior torcida feminina, então é um importante e enorme multiplicador dessa mensagem", afirma Luiz Gaspar, Head of Football da adidas Brasil. 

A ação inclui ainda um vídeo especial preparado pelo Flamengo e que será exibido no jogo desta quarta-feira (8), contra o San Lorenzo. "O mês de março é um mês no qual a luta das mulheres por seu espaço de direito na sociedade não é apenas lembrada - porque nunca deve ser esquecida - mas intensificada, de várias maneiras. E em homenagem a essa mulher, que tem o direito de ir aos estádios, tem direito ao seu espaço no mercado de trabalho e que tem o direito de ir e vir sem sofrer qualquer tipo de violência, o Flamengo e a adidas lançam essa campanha - criada por mulheres, para mulheres. É uma homenagem à minha esposa, à minha filha, à minha mãe, às nossas atletas e a todas as mulheres, rubro-negras ou não: vocês podem ser o que vocês quiserem. E se quiserem ser torcedoras, teremos o maior prazer de ter vocês ao nosso lado", diz Daniel Orlean, vice-presidente de Marketing do Flamengo. 

As camisa tem 3.000 unidades disponíveis e já está disponível para compra no site da adidas - www.adidas.com/flamengo - e nas lojas adidas de São Paulo (Eldorado, Pátio Higienópolis, Morumbi Shopping, Oscar Freire e Bourbon), do Rio de Janeiro (Loja da Gávea, Barra Shopping, Rio Sul, Rio Leblon e Tijuca), e também em outros estados como Brasília, Maceió Shopping, Midway Natal, BH Shopping, Porto Alegre e Recife, pelo valor de R$ 349,99.

terça-feira, 7 de março de 2017

Cruzeiro cederá espaço na camisa para expor realidade das mulheres










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Divulgação / Cruzeiro

Da Sede Administrativa

Gustavo Aleixo

Na última quinta, o volante Henrique precisou de aproximadamente 33 minutos para abrir o placar na vitória cruzeirense, por 2 a 1, sobre a Caldense. O tempo até o gol pode parecer uma eternidade para o torcedor, mas é suficiente para que três mulheres sofram estupro no país. De olho nesta e em outras realidades femininas, o Cruzeiro irá propor uma importante reflexão no duelo contra o Murici-AL, na noite desta quarta-feira, no Dia Internacional da Mulher.

Em parceria com a Umbro e a Agência New360, o Maior de Minas irá estampar, na numeração dos jogadores, estatísticas colhidas pela ONG AzMina (que luta pelo empoderamento feminino) que ilustram o difícil cotidiano das mulheres no Brasil. Presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares destaca que ações como esta expõe a importância dada pelo Clube aos mais variados contextos sociais.

"O Cruzeiro Esporte Clube tem participado de diversas campanhas contra qualquer tipo de preconceito. Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papeis sociais que os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo", ressaltou o mandatário celeste.

Diretora institucional da ONG AzMina, Letícia Bahia enaltece a ação e destaque o impacto da mesma no fortalecimento da luta pelos direitos das mulheres. "Muita gente pensa que a luta pelos direitos das mulheres não faz mais sentido. Mas os dados que os jogadores vão exibir mostram o quanto essa questão segue sendo atual", salientou.

Além dos dados referentes às desigualdades e violência sofridas pelas mulheres, a ação desta quarta-feira também apresentará outro viés extremamente relevante. Conforme salienta Marcone Barbosa, diretor de marketing da Raposa, a iniciativa também servirá como terreno de conscientização de importantes questões como a depressão pós-parto.

"O Dia Internacional da Mulher não é um momento apenas de trazer à tona toda a característica de desigualdade que ainda existe no Brasil e no mundo, mas também é um momento de conscientização de outros aspectos relacionados à mulher. Alguns dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde, com o próprio corpo. É importante a gente ter um momento desse, onde você pode trazer à tona assuntos tão importantes e relacionados à mulher", destacou o dirigente cruzeirense.



Divulgação / Cruzeiro

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Lançamentos

Tanto Nike quanto Adidas têm tênis novos na praça. São, em ambos os casos, visões do futuro. O HyperAdapt, da Nike, custa inacreditáveis US$ 720. E isso, lá. O que ele oferece é a tecnologia De Volta para o Futuro dos sapatos que se enlaçam por conta própria e no ajuste certo para cada pé. O Futurecraft Runner da Adidas é impresso em 3D sob medida e custa bem menos, embora ainda caro: US$ 333. O objetivo da empresa é um tênis de corrida moldado para o pé do consumidor, levando-se em consideração a pisada, o estilo e até preferências pessoais.

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Para saber mais:

http://news.nike.com/news/hyperadapt-adaptive-lacing

http://news.adidas.com/us/Latest-News/adidas-makes-first-3d-shoe-available-for-purchase-with-exclusive-drop/s/7004e8fa-324b-4b71-bc2f-aacf3d61b135


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

361°: a marca que está nos Jogos Olímpicos e que você deveria conhecer


Primeira chinesa da história a fechar um contrato de exclusividade envolvendo uma Olimpíada, marca peca ao não valorizar ativação
10 AGO, 2016 ESCRITO POR MKT ESPORTIVO

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Por Eduardo Esteves

Em meio a atletas e delegações vestindo as tradicionais NikePumaadidasAsics e Mizuno, você já se perguntou, afinal, qual marca que é dona da categoria de material esportivo oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016?
Se lhe ocorreu esta dúvida saiba que certamente você não está sozinho. De fato, houve um trabalho debranding muito mal elaborado por parte da empresa em questão.
Fundada em 2003, a 361° é hoje uma das principais marcas esportivas da China e tem conquistado grande espaço no setor. A empresa se tornou a primeira chinesa da história a fechar um contrato deste tipo envolvendo uma Olimpíada.
Nos últimos anos ela esteve envolvida em competições esportivas na Ásia, como os Jogos Asiáticos de 2014 de Inchon e Guangzhou 2010, e nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing 2014. Presente em 35 países, é responsável por vestir todos os profissionais (médicos, árbitros e operacional) e voluntários envolvidos no Rio de Janeiro – cerca de 106.5 mil pessoas, além das delegações da Grécia e África do Sul.

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O evento no Rio se tornou a grande oportunidade de uma marca até então desconhecida do público crescer dentro de um país aquecido por abrigar em apenas dois anos os principais eventos esportivos do mundo. Mas suas ambições são ainda maiores. No médio e longo prazo, a 361° tem como foco crescer globalmente priorizando, inicialmente, o Reino Unido.
No Brasil, a empresa possui cerca de 700 pontos de vendas, fruto de um recente plano estratégico visando os Jogos Olímpicos. Por outro lado, pouco (ou nada) se viu sobre ativações envolvendo o evento buscando o mínimo de awareness. Trabalhar ações junto ao público não seria um caminho primário para um player que deseja ser reconhecido?
Forte na natação, é patrocinadora de três nadadores chineses, entre eles o já medalhista olímpico Sun Yang. Por aqui, investe na nadadora brasileira Graciele Hermann. Se há representatividade na Ásia, ainda é pouco para quem detém exclusividade de uma Olimpíada e tem como ambição brigar com gigantes do setor.
Anunciada pelo Comitê local em outubro de 2014, a 361° teve pouco menos de dois anos para elaborar e executar um plano de ativações que contemplasse tais iniciativas. Pouco tempo? Suficiente para quem tem metas agressivas e tamanho poderio financeiro.
Por ora, as poucas iniciativas desenvolvidas, como um treino funcional na praia de Copacabana, são destacadas em suas redes sociais. Já diria Hans Erik, diretor global de marketing da Heineken:
“Se você não tem uma verba para fazer alguma coisa além do patrocínio, não faça”.

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Essa camisa não te pertence




Essa camisa não te pertence
Ricardo Fort
Executivo global de marketing









Marcas pagam milhões para exibir seus nomes nos uniformes dos atletas, mas dentre estes alguns ainda não sabem respeitar os direitos comerciais dos patrocinadores



Depois do último e decisivo pênalti, Cristiano Ronaldo correu para a linha de fundo e arrancou a sua camisa. Posicionado estrategicamente em frente às câmaras de televisão, sua cena comemorando a vitória com os jogadores do Real Madrid foi vista por 200 milhões de pessoas ao vivo, reproduzida nas mídias sociais e virou capa de jornais mundo afora. Foi de longe a imagem mais importante da final da Liga dos Campeões da Europa.


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Marcelo usa a camisa com o número virado para a frente, escondendo a marca do patrocinador


Tudo muito merecido. Afinal, ganhar tal campeonato onze vezes não é para qualquer um. Na verdade, não é para ninguém. Só o Real Madrid conseguiu este feito.

A segunda imagem mais icônica da final foi a de Sergio Ramos, o capitão da equipe vencedora, levantando a taça na tribuna de honra, rodeado pelos seus companheiros. Ao seu lado, o brasileiro Marcelo fazia festa com a sua tradicional alegria baiana. Dois detalhes me chamaram a atenção: Ramos com uma camisa diferente do seu uniforme e Marcelo vestindo a sua ao contrário (com o número na parte da frente).

Enquanto isso em Dubai, o time de patrocínio da Emirates provavelmente assistia o que se passava na Europa com um misto de tristeza e frustração.

A companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, principal patrocinadora do Real Madrid, paga mais de R$ 100 milhões por ano para ter sua marca estampada nos uniformes. No momento mais importante da temporada, quando seu time ganha o campeonato mais importante do mundo, os jogadores decidem sequestrar os holofotes para autopromoção.

Quando Cristiano Ronaldo decidiu tirar sua camisa para promover seu ego, Sergio Ramos trocou seu uniforme por uma camisa promovendo sua família e Marcelo vestiu-a ao contrário para fazer graça, esconderam a marca da Emirates e custaram à patrocinadora alguns milhões de dólares em publicidade.

Se um dos times mais profissionais e alguns dos mais experientes jogadores do mundo não estão preparados para respeitar os direitos comerciais dos patrocinadores, quem estará?
Os jogadores do Real não foram os primeiros nem infelizmente serão os últimos.

Em uma comemoração ainda mais importante, há 14 anos, outro jogador brasileiro fez, na minha opinião, algo muito pior. Na final da Copa do Mundo da FIFA em 2002 o nosso então capitão Cafu, em um ímpeto criativo, achou correto escrever na sua camisa “100% Jardim Irene” para receber a Copa do Mundo na frente das câmeras do mundo todo.

O momento que não era dele, mas de todos os brasileiros, foi manchado pela sua vaidade. A CBF não fez nada. A FIFA também não. E vida seguiu como se nada tivesse acontecido. Eu ainda fico triste cada vez que vejo aquela imagem.

Por questões financeiras ou patrióticas, os atletas precisam entender que os uniformes que vestem não lhes pertencem. A Emirates pode não ter nenhuma cláusula em seu contrato com o Real Madrid, mas eu certamente terei nos que eu assinar daqui para frente.

Contribuição: Matheus Melgaço

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ebook - O futuro dos megaeventos esportivos


O FUTURO DOS MEGAEVENTO ESPORTIVOS_DOWNLOAD

O FUTURO DOS MEGAEVENTOS ESPORTIVOS – INOVAÇÕES PÓS COPA 2014 E JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS 2016
2015 Primeira edição / first edition Rio de Janeiro, Brasil
ANDREA DESLANDES
LAMARTINE DACOSTA
ANA MIRAGAYA
editores / editors
CONDIÇÕES DE PROPÓSITO E USO DESTA PUBLICAÇÃO
Este livro opera como uma plataforma digital sem propósitos comerciais e com livre acesso a usuários mantendo os direitos autorais porem permitindo cópias e divulgação dos textos com identidade dos autores, títulos da contribuição e denominação da fonte. Nestes termos, o objetivo desta publicação é o da criação de um ambiente de inovação científica e tecnológica nas áreas de esportes, educação física e exercícios físicos a partir das recomendações da Agenda Olímpica 2020, emitida pelo Comitê Olímpico Internacional em dezembro de 2014.
Para fazer o download: http://correrbem.org.br/wp-content/uploads/2015/06/The-Future-of-Sports-Mega-events-new-book-on-Agenda-2020.-2015_06_15.pdf