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Fifa registrou 8,4 milhões de pedidos por bilhetes até o momento
por Bernardo Mello, enviado especial
/ Atualizado
MOSCOU - A Copa do Mundo de 2018 ainda tenta alcançar o apelo da edição realizada no Brasil há quatro anos. Até agora, a Fifa registrou 8,4 milhões de pedidos de ingressos para o Mundial da Rússia - contra cerca de 9,7 milhões de solicitações até a mesma etapa de vendas na última Copa. A venda de ingressos para o Mundial de 2018 será retomada nesta terça-feira.
Esta próxima fase de vendas será a quarta, com início marcado para 13 de março, e pode se estender até 3 de abril. Nela, os ingressos serão distribuídos por ordem de chegada aos torcedores através do site www.fifa.com/tickets.
Na primeira etapa, entre setembro e outubro de 2017, a Fifa distribuiu aleatoriamente os ingressos entre o total de solicitantes. O procedimento se repetiu na abertura da terceira fase, que foi de dezembro a janeiro. Entre esses dois momentos, os torcedores já tiveram uma janela de compra que seguia o critério da ordem de chegada, em novembro do ano passado.
Considerando as três fases de venda de ingressos, até agora pouco mais de 1,3 milhão de bilhetes foram alocados - isto é, efetivamente vendidos depois da solicitação. No caso do Brasil, que seguiu cronograma similar ao da Rússia, o número de vendas até esta etapa já beirava 1,6 milhão de ingressos, segundo dados divulgados pela Fifa à época.
Do total de ingressos vendidos para o Mundial da Rússia, cerca de 545 mil - ou 42% do total - tiveram como destino o próprio país-sede. Na Copa de 2014, por outro lado, cerca de 60% dos bilhetes comercializados até a terceira fase foram destinados a brasileiros.
- É importante destacar que há muitos pedidos de outros países, inclusive de alguns cujas seleções sequer se classificaram para a Copa, como Holanda e China. Isso mostra que muitos estrangeiros estão interessados em visitar e conhecer a Rússia - destacou o diretor-executivo do Comitê Organizador da Copa de 2018, Alexey Sorokin, no início do mês.
ARGENTINA X ISLÂNDIA ESGOTADO
Na terceira fase de vendas, boa parte dos ingressos tiveram a América Latina como destino. Metade do top 10 é composta por países latinos: Colômbia, Brasil, Peru, México e Argentina estão neste grupo. De acordo com a Fifa, duas partidas não têm mais ingressos disponíveis. Uma delas é a final da Copa, que acontecerá no dia 15 de julho. A outra é a estreia dos argentinos pelo Grupo D, no dia 16 de junho, contra a Islândia - equipe sensação da última Eurocopa, quando levou cerca de 30 mil pessoas (quase 10% de sua população) para a França, sede do torneio.
Os ingressos vendidos até a quarta fase serão entregues entre maio e abril aos torcedores. Depois da etapa atual de vendas, a Fifa ainda planeja abrir uma fase derradeira, entre 18 de abril e 15 de julho, que funcionará em ordem de chegada - até que os ingressos se esgotem, é claro. Na última edição do Mundial, foram colocados à venda para o público cerca de três milhões de bilhetes. Já para a Copa de 2018, segundo a Fifa, a carga total disponível é de 2,5 milhões.
- Não vemos muito sentido em comparar venda de ingressos entre diferentes Copas do Mundo, já que estamos falando de edições, mercados, processos de vendas e capacidade de estádios totalmente diferentes - afirmou um porta-voz da Fifa ao GLOBO. - A Fifa mostrou muito agrado com os índices de vendas na Copa de 2014, e também está satisfeita com a venda atual na Rússia.
Os preços dos ingressos para não-residentes na Rússia varia entre 1280 rublos (cerca de R$ 70), para jogos na fase de grupos, e 66 mil rublos, ou quase R$ 3,8 mil, para a final da Copa. Depois de adquirir um ingresso, os torcedores precisam se cadastrar no serviço "Fan ID", da Fifa, para solicitar uma espécie de credencial de torcida. O documento substituirá a necessidade de visto para estrangeiros que decidirem acompanhar a Copa, e servirá para garantir acesso às áreas de partidas, além de permitir uso gratuito do transporte público nas 11 cidades-sede do Mundial. O "Fan ID" pode ser solicitado no site https://www.fan-id.ru/
Há algumas semanas, em meio a uma discussão sobre os tempos malsucedidos no país, um membro de um dos poucos grupos de Whatsapp ao qual eu pertenço declarou: “Uma vez alguém disse, a meu ver, com razão, que, enquanto as sociedades valorizarem mais um jogador de futebol que um professor ou um médico, elas estão condenadas a falhar”. Essa velha e trivial ideia, que não é necessariamente verdadeira, parece ter muito apoio. No entanto, não é evidente o que significa para uma sociedade valorizar um (a) futebolista mais do que um (a) docente ou um médico (ou uma médica) nem tampouco o que significa que uma sociedade falhe. Seja qual for a resposta a essas perguntas, a declaração do parceiro do grupo de WhatsApp implica que o futebol é uma prática social trivial, talvez não em si, embora seja quando comparado ao ensino e à medicina.
O valor dessas profissões é indiscutível. De acordo com o filósofo espanhol Fernando Savater, ao aprofundar nosso contato com o humano, a tarefa de ensino nos oferece a possibilidade de se tornar plenamente humano. Se nasce humano, mas também se ensina e se aprende a ser assim. Por outro lado, ao cuidar da saúde, o trabalho médico nos oferece a possibilidade de continuar confirmando o ser humano, atualizando nossa humanidade. Em outras palavras, o ensino e a medicina objetivam que nós possamos dar continuadamente um sentido próprio à vida. Há muito o que admirar nos profissionais do ensino e da medicina, cuja remuneração deveria ser digna de seu trabalho.
O valor do ensino e da medicina é indiscutível, o que não anula o valor do futebol e, de forma mais geral, do esporte. Uma indicação, e talvez uma admissão, do valor disso é que tanto o ensino quanto a medicina o incluem em seus programas. A educação formal encoraja o cultivo do esporte – e, nesse contexto, o do futebol – e a medicina o encoraja como promotor da saúde. Isso indica que o futebol, para essas profissões, tem um potencial humanizador. Através do seu cultivo, da sua apreciação e do seu acompanhamento, também nos humanizamos: colocamos em ação e preservamos a capacidade de dar nosso próprio significado à vida.
Neste sentido, o futebol nos oferece, como observa Simon Critchley, um fervoroso filósofo inglês do Liverpool Football Club, uma possibilidade extraordinária relacionada ao ser e ao tempo. Segundo Critchley, o futebol é capaz de criar o que o antecessor alemão Martin Heidegger chama de “o momento” (Augenblick), um piscar de olhos que ilumina e contém toda uma situação. O momento constitui o tempo presente e “abraça tudo em meio ao qual o Dasein – estar aí, cujo ser é a existência – se encontra projetando seu futuro” ancorado no passado que o configura. No momento em que entendemos nós mesmos como “ser”, fora da temporalidade linear e quantificável do cronômetro e em função de nossas aptidões. O escritor francês Albert Camus já reconhecia que o futebol lhe havia ensinado tudo o que ele sabia sobre ética e, além disso, “a bola nunca chega aonde se espera que ela venha”. No futebol, temos que escolher entre possibilidades que nos lançam em um futuro marcado pelas escolhas passadas. Ao escolher (futebolisticamente) moldamos o ser. Camus aprendeu isso nos campos de pelada argelinos de seus anos de formação.
Em outras palavras, no momento que o futebol é capaz de criar, vivenciamos uma temporalidade estática, uma saída da inexorável passagem dos noventa minutos que nos revelam simultaneamente quem somos e quem podemos ser. Sua duração, efêmera como raio, não vai além de um piscar de olhos. No entanto, como diz Critchley, esse êxtase sóbrio abre a possibilidade de uma experiência transcendental do tempo e, portanto, cria a possibilidade de uma história, uma história de momentos tanto pessoais quanto coletivos. Essa história, que exige sair do tempo para ser temporizada, nos permite entender o ser. Seu caráter humanizante é inevitável.
O valor do futebol tem sido, e em grande parte ainda é, subestimado. Se o futebol humaniza nos sentidos aludidos acima, não haveria razão para sugerir que uma sociedade que o estimula esteja condenada ao fracasso. Pelo contrário, pode-se argumentar que uma sociedade que não o promova deixaria de lado uma prática social com um poderoso potencial de humanização que conta com uma ampla aceitação global. Uma sociedade justa, como diria Aristóteles, é uma que favorece e facilita o crescimento humano. A educação e a medicina são necessárias para alcançar esse objetivo. O futebol é compatível. Embora não seja necessário em uma sociedade justa, o seu caráter e a sua importância global tornam-se altamente desejáveis. Uma sociedade que o incentiva e o valoriza, bem como ao ensino e à medicina, não está condenada ao fracasso. Tanto o trabalho humanizador dos profissionais de ensino quanto o dos médicos, bem como os do futebol, devem ser honrados.
Fabricante de energéticos já era dona do time e dos naming rights da Red Bull Arena
Por Redação - São Paulo (SP) em 13 de Setembro de 2017 às 14:32
Red Bull finalmente conseguiu se tornar dona do estádio em que seu time, o RB Leipzig, manda seus jogos na Alemanha. A imprensa local estima que a fabricante de bebidas energéticas austríaca, que já era dona do time e dos naming rights do estádio (Red Bull Arena Leipzig), pagará 70 milhões de euros ao atual proprietário, Michael Kölmel. Oficialmente, os valores não foram divulgados.
A empresa precisou da intermediação da Câmara Municipal de Leipzig para concluir a negociação, que foi acertada no ano passado, mas ficou em sigilo por conta de uma obstrução na venda. A aprovação final só virá no próximo mês de outubro, depois que o time provar que não vai se mudar da cidade e continuará usando o estádio para mandar seus jogos. Se tudo correr como o esperado, a Red Bull terá os direitos de administração do estádio até 2040.
"O RB Leipzig é um golpe de sorte para o futebol em Leipzig. A mensagem mais importante para o povo de Leipzig é que o estádio permanece no coração da nossa cidade. Estou firmemente convencido de que nosso estádio é um exemplo do futuro, pois está bem ligado aos transportes públicos e é um lugar onde as pessoas se encontram", afirmou o prefeito da cidade, Burkhard Jung.
"A decisão de comprar o estádio tem um alto valor simbólico para os nossos fãs e para a nossa equipe, mas especialmente para muitas pessoas dentro e ao redor de Leipzig. Para nós, este é também um compromisso claro e duradouro", declarou Oliver Mintzlaff, CEO do RB Leipzig.
O próximo passo da Red Bull é aumentar a capacidade do estádio, que tem, em média, mais de 40 mil espectadores por jogo. "O estádio será modernizado e desenvolvido em diálogo com municípios e moradores locais. Uma das conversas será sobre a expansão da capacidade para 50 mil espectadores ", explicou o clube, em nota oficial.
FÁBIO ALEIXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MOSCOU
17/05/2017 02h00
Teste para o Mundial de 2018, a Copa das Confederações serve como termômetro para a
Fifa.
Enquanto comemora a situação dos estádios prontos a um mês da abertura, a
entidade vê uma realidade fria e de quase indiferença dos russos em relação ao torneio
que terá, além da seleção nacional, a campeã mundial Alemanha e Portugal, com Cristiano
Ronaldo.
São dois os grandes problemas: a baixa procura por ingressos e a falta de acordo com
emissoras locais para transmissão das partidas.
Se a competição começasse agora, não haveria difusão em televisão para a maioria dos
144,4 milhões de habitantes do país.
Nem em locais públicos isso será possível, uma vez
que na Copa das Confederações não haverá as tradicionais Fan Fests.
O desencontro com as televisões afeta também transmissões por telefones celulares e
pela internet.
De acordo com a empresa Telesport, especializada na aquisição de direitos e que fez
proposta conjunta das emissoras estatais Canal 1, VGTRK e Match TV, o valor cobrado
pela Fifa é exorbitante. Peter Makarenko, chefe da empresa, disse que os direitos conjuntos para exibição da
Copa das Confederações e da Copa custam US$ 120 milhões (R$ 374,5 milhões).
Trata-se de um valor quase quatro vezes maior do que o pago há quatro anos para os
eventos no Brasil. À época, foram cobrados US$ 32 milhões (R$ 100 milhões).
"As negociações estão em andamento e atualizações serão dadas no tempo correto. Não
temos mais comentários sobre o tema", afirmou um porta-voz da Fifa à Folha.
Ao redor do mundo, a transmissão seja por telefone ou internet já está garantida em 134
territórios. No Brasil, a competição será exibida pela Globo, Band e SporTV.
ENCALHE
No total, foram disponibilizados 696 mil tíquetes para a Copa das Confederações, mas até
a última atualização oficial, em 3 de maio, só 300 mil haviam sido vendidos.
A Fifa afirmou à Folha que o número tem crescido, já que os postos de venda fixa já foram
abertos nas quatro sedes (Kazan, Moscou, São Petersburgo e Sochi) e a venda via
internet não exige mais fila de espera.
Porém, novos números não foram fornecidos.
Das 16 partidas do campeonato, a única para a qual já não é possível comprar ingresso é
Rússia x Portugal, em 21 de junho, em Moscou.
Para as outras 15 sobram entradas em todos os setores. Nem mesmo a abertura (Rússia x
Nova Zelândia, em São Petersburgo) tem lotação máxima, bem como a final, que ocorrerá
na mesma arena.
Há quatro anos, no Brasil, o jogo de abertura entre a seleção e o Japão se esgotou em
fevereiro. Os demais jogos do time nacional se esgotaram antes do início do evento.
O preço pode ser uma explicação. À exceção da categoria 4, voltada a residentes russos e
cujas entradas precisam ser pagas em rublos a um valor de 960 (R$ 53), na fase de
grupos as demais categorias não saem por menos de US$ 70 (R$ 218).
"Queria ver Rússia x Portugal, mas me informaram que está esgotado. Estou pensando em
ver Camarões x Chile aqui em Moscou, mas os ingressos estão muito caros. Deveriam ser
mais baratos", disse o malaio Shurgan Surish, estudante de medicina.
Ele e o russo Venceslav Kostov foram duas pessoas das apenas oito que entraram no
centro de venda de tíquetes de Moscou nos 40 minutos em que a reportagem esteve
presente ao local.
A divulgação também não é grande até o momento. Nos principais pontos turísticos, nos
trens do metrô e nas vias de Moscou não há propagandas da competição.
Nas proximidades da Praça Vermelha, um modesto relógio marca apenas o tempo que
falta até a Copa do Mundo.
Não há qualquer menção ao torneio que se aproxima.
A maior ação promocional tem ocorrido aos fins de semanas, com a montagem de um
parque temático em cada uma das quatro cidades-sede, com a presença de ex-campeões
da Copa das Confederações e do troféu oficial da competição.
TESTE
Os quatro estádios que serão usados na Copa das Confederações já foram inaugurados e
testados O último a abrir as portas foi o de São Petersburgo, em 23 de abril. A ressalva foi o
gramado, que estava longe das condições ideais para um jogo. Ele só será usado
novamente na Copa das Confederações.
A arena foi a que mais tempo levou para ser concluída. Foram dez anos entre o início, em
2007, e o fim das obras, em 2017.
O estádio de Moscou (Arena Otkritie), inaugurado em 2014, tem recebido os jogos do
Spartak Moscou, que na semana passada foi campeão russo.
A última partida no local antes da Copa das Confederações será realizada nesta quarta
(17), entre o Spartak e o Terek Grozny.
Em Sochi, o estádio projetado para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 foi usado em
28 de março no empate em 3 a 3 entre Rússia e Bélgica, que serviu oficialmente como
teste para os organizadores.
Foi usado também na final da Copa da Rússia em 2 de maio, que terminou com triunfo do
Lokomotiv por 2 a 0 sobre o Ural.
Apenas 24.500 pessoas estiveram presentes na arena
para 47.659 espectadores.
Já o estádio de Kazan foi aberta para a Universíade de 2013 e é casa do Rubin Kazan,
time da cidade que disputa a primeira divisão.
Assim como no Brasil, o estádio da abertura da Copa do Mundo não será usado na Copa
das Confederações. Em 2013, o Itaquerão estava longe de estar concluído.
Em Moscou, o
Estádio Luzhniki passa por grande renovação para se adaptar às exigências da Fifa, a
exemplo do que houve no Maracanã.
A taça já passou por Moscou, Kazan e Sochi. No próximo final de semana estará em São
Petersburgo, palco da abertura e da decisão.
Adidas e Flamengo lançam camisa especial para o Dia Internacional da Mulher
Em 08/03/2017 às 11h52
Em homenagem ao mês das mulheres, à paixão delas pelo futebol e para incentivar cada vez mais a presença feminina nos estádios, a adidas e o Flamengo lançam uma edição limitada e especial de camisas femininas.
"Essa camisa não é apenas uma homenagem às mulheres rubro-negras, mas uma forma de pedir mais respeito – nos estádios, dentro de casa, nas ruas, nas empresas, escolas e em todo lugar. O Flamengo tem a maior torcida do Brasil e a maior torcida feminina, então é um importante e enorme multiplicador dessa mensagem", afirma Luiz Gaspar, Head of Football da adidas Brasil.
A ação inclui ainda um vídeo especial preparado pelo Flamengo e que será exibido no jogo desta quarta-feira (8), contra o San Lorenzo. "O mês de março é um mês no qual a luta das mulheres por seu espaço de direito na sociedade não é apenas lembrada - porque nunca deve ser esquecida - mas intensificada, de várias maneiras. E em homenagem a essa mulher, que tem o direito de ir aos estádios, tem direito ao seu espaço no mercado de trabalho e que tem o direito de ir e vir sem sofrer qualquer tipo de violência, o Flamengo e a adidas lançam essa campanha - criada por mulheres, para mulheres. É uma homenagem à minha esposa, à minha filha, à minha mãe, às nossas atletas e a todas as mulheres, rubro-negras ou não: vocês podem ser o que vocês quiserem. E se quiserem ser torcedoras, teremos o maior prazer de ter vocês ao nosso lado", diz Daniel Orlean, vice-presidente de Marketing do Flamengo.
As camisa tem 3.000 unidades disponíveis e já está disponível para compra no site da adidas -www.adidas.com/flamengo- e nas lojas adidas de São Paulo (Eldorado, Pátio Higienópolis, Morumbi Shopping, Oscar Freire e Bourbon), do Rio de Janeiro (Loja da Gávea, Barra Shopping, Rio Sul, Rio Leblon e Tijuca), e também em outros estados como Brasília, Maceió Shopping, Midway Natal, BH Shopping, Porto Alegre e Recife, pelo valor de R$ 349,99.
Tanto Nike quanto Adidas têm tênis novos na praça. São, em ambos os casos, visões do futuro. O HyperAdapt, da Nike, custa inacreditáveis US$ 720. E isso, lá. O que ele oferece é a tecnologia De Volta para o Futuro dos sapatos que se enlaçam por conta própria e no ajuste certo para cada pé. O Futurecraft Runner da Adidas é impresso em 3D sob medida e custa bem menos, embora ainda caro: US$ 333. O objetivo da empresa é um tênis de corrida moldado para o pé do consumidor, levando-se em consideração a pisada, o estilo e até preferências pessoais. Para saber mais: http://news.nike.com/news/hyperadapt-adaptive-lacing http://news.adidas.com/us/Latest-News/adidas-makes-first-3d-shoe-available-for-purchase-with-exclusive-drop/s/7004e8fa-324b-4b71-bc2f-aacf3d61b135
A partir de 2019, Sportv segue com os direitos de transmissão dos jogos da equipe na Tv fechada
24 FEV., 2016 ESCRITO POR MKT ESPORTIVO
Após terem suas respectivas propostas divulgadas no blog do Menon – e a do Esporte Interativo ser mais vantajosa no longo prazo (leia aqui) – o São Paulo decidiu no final da noite de ontem que assinará contrato com a Rede Globo. Aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo, o Tricolor paulista concordou em dar continuidade em seu acordo de Tv fechada com o Sportv a partir de 2019, em um contrato que será válido até 2024. Para esta nova fase, o São Paulo exaltou duas novidades do novo contrato: o recebimento de R$ 60 milhões de luvas no ato da assinatura e a possibilidade de poder negociar livremente a publicidade estática do Morumbi, antes de propriedade da emissora. Outra promessa feita pela Globo aos clubes que fecharem com ela é democratizar sua distribuição, com 40% dividido igualmente entre os participantes, 30% pelo desempenho no campeonato e 30% de acordo com a audiência. Com o acerto, o São Paulo se junta a nove clubes que já fecharam com a emissora, são eles: Corinthians, Vasco, Botafogo, Vitória, Sport, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense.
Salários acima de R$ 50.000 existem só para 0,8% – no país do futebol, atletas ganham menos do que serventes de obras, catadores de lixo e tratadores de porcos
RODRIGO CAPELO
22/02/2016 - 08h00 - Atualizado 22/02/2016 23h27
Barcelona no ataque, três contra dois. O espanhol Pedro domina na meia lua da grande área da Juventus e toca para Neymar. Toque de esquerda para ajeitar a bola, chute com a mesma perna no contrapé do veterano Buffon. O placar em 3 a 1, com o gol nos acréscimos, dá ao Barça o quinto título da Liga dos Campeões. É a consagração do brasileiro, artilheiro da competição ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo, com quem formaria mais para frente, em terceiro na Bola de Ouro, o trio de melhores jogadores do mundo em 2015. A rápida ascensão foi para lá de lucrativa. Aos 24 anos, Neymar ganha do clube só em salários, por mês, algo em torno de € 900 mil. São R$ 4 milhões no câmbio atual. Fora outros milhões em acordos publicitários que mais do que dobram a remuneração. Mas esta não é uma reportagem sobre Neymar. Esta é a história da fábrica de ilusões do futebol brasileiro que se inspira em figuras como ele.
Jogador de futebol “de verdade” ganha menos do que servente de obras. Não é metáfora, nem exagero. A diretoria de registro e transferência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) modernizou sistemas e pôde, pela primeira vez, diagnosticar com mais precisão o estado de saúde do futebol brasileiro. E ele está doente. Ao todo, há registrados 28.203 atletas profissionais no Brasil. Deles, 23.238 ganhavam até R$ 1.000,00 mensais em 2015. O servente, segundo o Ministério do Trabalho, teve salário médio inicial de R$ 1.000,17. Não só ele. Ganham mais do que 82,4% dos jogadores de futebol brasileiros também o ascensorista, o catador de material reciclável, o chapeleiro de senhoras, o garçom e o tratador de porcos.
Há, claro, quem ganhe mais do que o diretor de produtos bancários, profissional com salário médio inicial mais alto do país segundo o ministério, que chega à empresa com R$ 30.394,85 mensais. Existem 226 jogadores de futebol em solo brasileiro com contracheques acima R$ 50.000,01. Ora, ora, então esses atletas faturam pelo menos o dobro do que o banqueiro, provavelmente pós-graduado e com currículo de três páginas, às vezes sem nem terem terminado o ensino médio. É verdade. Só que eles representam 0,8% de todos os profissionais desta modalidade. São a exceção. Só um em cada centena ganha efetivamente mais do que um banqueiro. Na verdade, você acha que futebol paga salários obscenos porque só esses jogadores chegam à mídia – só jogos deles em grandes clubes são televisionados, só eles aparecem em programas, só fofocas sobre carrões, mulheres e “parças” deles ganham repercussão.
A desigualdade entre a elite e a larga base da pirâmide também existe em outros países. Na Inglaterra, números da Associação de Futebolistas Profissionais (PFA, em inglês) obtidos pela Sporting Intelligence mostram que, em 2009/2010, um jogador da Premier League, a primeira divisão, ganhava média de £ 96.863 por mês. Um da quarta divisão, £ 3.237 mensais, ou 3,3% do que fatura o colega mais rico. A razão é a mesma: no Brasil e na Inglaterra os clubes do topo dispararam em arrecadação depois que valorizaram contratos de televisão e patrocínio, reformaram estádios e criaram programas de associação. Os times de baixo continuam sem ter acesso a essas fontes de receita. Os mercados se comportam da mesma maneira. O que nos difere é que os pobres do Brasil são mais pobres do que os da Inglaterra. E, também, que os britânicos, divididos em um sistema de ligas que passa da décima divisão, jogam o ano todo.
A realidade do jogador invisível piora consideravelmente quando se acrescenta outro dado da CBF sobre um termo que assusta qualquer brasileiro: desemprego. Dos 28.203 atletas profissionais que tinham contrato assinado em 2015, somente 11.571 chegaram a janeiro de 2016 com contrato ativo. Quer dizer que 59% dos jogadores, seis em cada dez, ficaram desempregados no decorrer da temporada. A taxa de desemprego para todo o país, que bota medo no governo de Dilma Rousseff, está na casa dos 9%. Como tanta gente pôde ficar sem clube em tão pouco tempo? Houve 7.973 rescisões de contratos, equivalentes a 48% de todos os jogadores que perderam o emprego na temporada. Outros 52% são de pessoas cujos contratos foram feitos para acabar antes do fim do ano mesmo. Aí entra uma das justificativas para salário baixo e desemprego alto: falta calendário.
A maioria dos clubes contrata em dezembro, funciona de janeiro a abril, durante campeonatos estaduais, e fecha as portas durante todo o restante da temporada. Se não tem jogo, não entra dinheiro, e aí não tem jeito. Todo mundo vai para a rua se aventurar em outras profissões para botar comida na mesa. A maioria daqueles 16.632 jogadores de futebol que perderam o emprego no decorrer de 2015 tentou encontrar trabalho compatível com seu nível de instrução. Talvez alguns tenham virado serventes de obras, catadores de materiais recicláveis e garçons, profissões que pagam tanto quanto o futebol, mas não têm o mesmo apelo emocional na cabeça do atleta. Por que alguém sonha em ser jogador de futebol no Brasil? Desinformação. Reprodução de clichês. A ideia de virar um Neymar e enriquecer da noite para o dia, estatisticamente restrita a 0,8% dos jogadores brasileiros, faz com insistam na ilusão do futebol .
O Santos cansou de ser coadjuvante no campeonato organizado pela Rede Globo que, ao final, tem favorecido sempre os mesmos: Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, e até regionalmente o Flamengo. Com a experiência de quem foi criticado por um diretor da emissora quando da sua participação na final do Paulistão com o Santo André, o clube da Vila decidiu virar protagonista e assinou com o Esporte Interativo. Especula-se que outros clubes igualmente alijados do clube dos Vips podem fazer o mesmo: Botafogo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Palmeiras e Fluminense, entre eles.
A notícia foi divulgada na noite desta sexta-feira (12) pela interina da Coluna da TV do Uol, Camila Mattoso.
"Depois de ter apalavrado o acerto com o canal Esporte Interativo, o Santos assinou de fato o contrato durante o Carnaval.
O acordo começa a valer em 2019, apenas para a transmissão do Campeonato Brasileiro em rede fechada, por cinco anos, até 2023.
Assim, acabaram as chances de uma reviravolta para permanecer com a SporTV.
Nas negociações, o canal, que tem como sócia-majoritária a Turner, gigante norte-americana da área do entretenimento, oferece cerca de nove vezes mais ao grupo que fechar com ela, em relação ao que paga a emissora da Globosat.
"Assinamos e agora está tudo certo. Achávamos que merecíamos mais atenção. O aumento financeiro foi exuberante. Estamos felizes", afirmou o vice-presidente da Vila Belmiro, César Conforti, ao blog".
Em 2010, após a final do Paulistão reunindo Santos e Santo André, vencida pelo clube santista por 3 a 2, o diretor da Globo, Marcelo Campos Pinto (hoje fora da emissora) reclamou. O motivo: não havia um time mais expressivo na final, como Corinthians ou São Paulo. Aos pequenos, portanto, só restaria a ruína.
O valor do contrato que seduziu o Santos não foi divulgado, mas sabe-se que aproxima-se do que é oferecido a Flamengo e Corinthians, aproximadamente R$ 180 milhões.
Veja os valores que a Globo paga ao seu time pela transmissão dos jogos: